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Politica Brasil
Sexta - 19 de Maio de 2006 às 07:17
Por: Alecy Alves

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Em ofício protocolado ontem na Corregedoria da Câmara, o deputado federal licenciado Lino Rossi (PP) assumiu como sendo dele e não de seu colega Ricarte de Freitas (PTB) a voz e o número de telefone que aparecem em uma conversa com Maria da Penha Lino, ex-funcionária do Ministério da Saúde, gravada pela Polícia Federal durante a Operação Sanguessuga.

O diálogo, reproduzido num texto entregue pela PF ao corregedor, o deputado tentava agilizar a liberação de uma emenda parlamentar no valor de R$ 550 mil. A verba seria destinada à compra de equipamentos hospitalares para o município de Luciara, a 1.180 quilômetros de Cuiabá.

Em nota à imprensa, Lino Rossi disse que por princípio de verdade com os fatos e a justiça, decidiu isentar Ricarte de Freitas dessa gravação. Na avaliação do deputado, a PF trocou o nome dos deputados ao informar à Corregedoria sobre o diálogo.

Lino Rossi assume que manteve esse contato telefônico com Maria da Penha, mas diz que o episódio nada tem a ver com a compra de ambulância e equipamentos superfaturados ou qualquer outra irregularidade apontada pela Operação Sanguessuga. Rossi somente pedia que agilizasse a liberação dos recursos para o município.

Através de sua assessoria de imprensa, o parlamentar argumentou que a empresa vencedora da licitação para compra dos equipamentos para o hospital de Luciara não aparece entre as citadas no escândalo da operação “Sanguessuga”.

O deputado Ricarte de Freitas não foi localizado pela reportagem ontem à tarde. Freitas retornou de Brasília, mas desceu no aeroporto Marechal Rondon em avião de carreira e seguiu direto para o interior em uma aeronave particular.

No aeroporto, uma amigo que acompanhou essa troca de vôo disse que o deputado retornaria hoje para Cuiabá para se posicionar sobre este novo fato.

O nome de Ricarte Freitas aparece na lista dos deputados cujos nomes foram divulgados pela Corregedoria como a serem investigados em razão de terem sido citados durante as investigações da Operação Sanguessuga.





Fonte: Diário de Cuiabá

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