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Politica Brasil
Quinta - 18 de Maio de 2006 às 23:50

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O deputado federal Lino Rossi (PP), assumiu perante a Comissão de Sindicância da Câmara dos Deputados, que é o autor da conversa telefônica com a ex-assessora do Ministério da Saúde, cujo diálogo foi grampeado pela Polícia Federal e atribuído a Ricarte de Freitas (PTB). Em documento protocolizado nesta quinta-feira (18) pelo advogado de Rossi, o parlamentar licenciado isenta Ricarte: “Devo, a bem da verdade, reconhecendo o número do telefone de contato, assumir a integralidade desse diálogo, exonerando o deputado Ricarte de Freitas a quem foi indevidamente imputado, de quaisquer responsabilidade sobre esse fato". Segundo o documento, Rossi teve acesso às degravações realizadas pela PF, referentes à Operação Sanguessuga, e se sentiu na “obrigação moral” de esclarecer o fato à Corregedoria.

O parlamentar do PP assume, também, que a emenda visava a benefícios para o município de Luciara, conforme ficou comprovado pelo grampo da PF, embora o alvo secundário (no caso Ricarte) fosse equivocado.

Tão logo teve acesso ao documento, Ricarte foi ao Plenário registrar sua inocência no caso. Em seu discurso, ressaltou que a Câmara dos Deputados tem sido alvo de algumas acusações improcedentes. “...A mim foi imputada uma conversa telefônica da qual nunca participei. Fui integrado a uma lista por algo de que não fiz parte e meu nome foi exposto em todo o País. O equívoco foi agora reconhecido pelo próprio autor da conversa telefônica. Só queria deixar isso bem claro e mostrar como às vezes esta Casa tem sido acusada indevidamente e de como as investigações não estão sendo feitas como deveriam. Quantos outros companheiros não estão na mesma situação em que me encontro?”.

Revolta - Na semana passada, Ricarte também ocupou o Plenário para registrar sua indignação por ter sua imagem denegrida pela mídia e por ter sido acusado injustamente. Na ocasião, esclareceu que o número de telefone que consta na transcrição da PF não é dele; que jamais manteve contato telefônico com Maria da Penha Lino; que o município de Luciara não faz parte de sua base eleitoral e que jamais destinou emendas para a cidade.

A transcrição da conversa que comprometeu Ricarte de Freitas é a seguinte:

“O deputado federal Ricarte de Freitas (PTB/MT) conversa com Penha sobre projetos de seu interesse. A certa altura da conversa, Ricarte, falando sobre o projeto da cidade de Luciara-MT, diz a Penha: ...Eu, daqui a pouquinho preciso pagar talvez o seu marido e vou pagar de que jeito? Eu dependo disso. Ricarte de Freitas refere-se à demora na liberação do projeto da cidade de Luciara, oriundo de emenda orçamentária de sua autoria. Fica evidente que o deputado elabora a emenda, mas cobra da Prefeitura uma contrapartida financeira para si. Essa contrapartida fica ainda mais clara quando, ao final do diálogo, o parlamentar diz: ...Quando sair o convênio, tenta segurar. (...) eu pegar na mão esse convênio, nem avisa a ele, deixa eu pegar e levar na mão dele, senão, escapa o nosso Natal aí, minha fia!”





Fonte: Da Assessoria

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