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Politica Brasil
Quinta - 18 de Maio de 2006 às 07:02

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Além de informar que há o nome de 283 parlamentares no livro-caixa contido no HD entregue ao Supremo Tribunal Federal, Maria da Penha Lino disse ontem em depoimento prestado à Comissão de Sindicância, que no HD também existem assinaturas scaneadas de prefeitos e parlamentares e as senhas repassadas aos municípios pelo Ministério da Saúde.

O advogado de Maria da Penha, Eduardo Mahon, não soube precisar quantas assinaturas scaneadas há no documento, mas informou que são mais assinaturas de prefeitos do que de parlamentares. Segundo Mahon, Penha afirmou que a lista de relacionamentos da Planam faz crer que houve um contato pessoal entre deputados, empresa e prefeitura.

Mahon afirmou ainda que o depoimento de Penha foi extremamente técnico e que em nenhum momento ela afirmou que todos os parlamentares contidos na lista receberam propina dos proprietários da Planam. Segundo o advogado, Penha afirmou que jamais viu propina e nem sabe se a emenda foi paga de fato.

Conforme o advogado, a ex-assessora do Ministério da Saúde só deduz pela forma como a empresa sempre atuou que havia contato com os prefeitos e parlamentares, mas que ela não pode afirmar que tenha havido corrupção de todos.

Para o advogado, é preciso ter cautela ao falar sobre a lista, porque nem todos os parlamentares que têm o nome no documento necessariamente receberam propina dos membros do esquema. Em nota, Mahon afirmou que “como os fatos são extremamente sensíveis, tomamos todo o cuidado para não incorrer em leviandade, ainda que nos posicionemos como colaboradores da Justiça, da Polícia Federal, do Ministério Público e da Corregedoria”.

O advogado ponderou que as tentativas de desacreditar os depoimentos e documentos apresentados por Maria da Penha soam como negar o óbvio e formas de diminuir os impactos dos fatos contados, extremamente técnicos.





Fonte: Diário de Cuiabá

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