Governo do Estado amplia rede de tratamento de saúde mental

A Secretaria de Estado de Saúde, em referência ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial, realizou nesta quarta-feira (17.05) atividades para debater sobre temas de interesse da população que utiliza dos serviços de Saúde Mental no Estado. No evento estiveram reunidos profissionais, técnicos, pacientes, familiares e comunidade em geral para levantar questionamentos sobre o tratamento e cuidados dispensados aos pacientes com problemas mentais e na busca de elementos para o fortalecimento e a organização dos serviços de saúde mental no Estado.

Segundo a diretora Geral do Adauto Botelho, Luciana Gomes, o Estado vem buscando novas maneiras de ofertar um tratamento mais humanizado aos pacientes que necessitam de cuidados mentais. “Trabalhamos para dar maior comodidade e qualidade no atendimento oferecido ao usuário, entendendo que quando o paciente esta confortável e à vontade no ambiente de tratamento, sua melhora é consideravelmente maior. Por isso os profissionais de saúde mental são capacitados para proporcionar todo apoio necessário para uma recuperação mais rápida e sem traumas”, disse Luciana Gomes.

Luciana ressalta que o Estado de Mato Grosso intensifica a reforma psiquiátrica, ampliando as discussões sobre um novo modelo assistencial em saúde mental, com objetivo de estimular a expansão de serviços substitutivos nos municípios, reconstruindo uma rede de assistência ética, com qualidade, eficiência e credibilidade.

No evento realizado pela manhã, os usuários e familiares de pacientes puderam fazer perguntas e debater questões do âmbito da Saúde no Estado. Essas perguntas depois serão debatidas em mesa redonda com técnicos da Saúde que trabalham diretamente com os pacientes, objetivando adotar, a partir desses questionamentos, novas maneiras de contemplar os anseios dos pacientes.

Áurea Assis Lambert salienta que o Estado vem trabalhando juntamente com os municípios com população acima de vinte mil habitantes, na criação de Caps (Centro de Atenção Psicosocial). “O Convênio para construção dessas unidades, estabelece que o município deve disponibilizar o espaço e a equipe e em contra partida o Estado disponibilizara equipamentos e realizará repasses de verbas para custeio da unidade”, disse a Coordenadora.

CIAPS - Contando com nove unidades, o Ciaps Adauto Botelho possui cerca de 400 servidores e é formado pelo Hospital Dia, Centro de Apoio Psicossocial para Dependentes Químicos (CapsAD), Centro de Apoio Psicossocial Infantil (Capsi), unidade II Pascoal Ramos, Internação feminina e masculina, Pronto Atendimento, unidade de tratamento a portadores de deficiência físico-mental Lar Doce Lar, unidade III José Eduardo Vaz Curvo e o Ambulatório.

Em cada uma das unidades, os portadores de distúrbios mentais contam com uma equipe multiprofissional composta por médico psiquiatra, enfermeiro, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, arte-terapeuta, técnicos e auxiliares de enfermagem. “Nosso objetivo é oferecer assistência especializada e de qualidade aos portadores de transtornos mentais, como depressão greve, psicose, transtornos de humor diversos e de conduta, além do atendimento às pessoas com dependência química”, afirmou Luciana de Souza.

No Ciaps Adauto Botelho, os usuários desenvolvem diversas atividades artesanais e terapêuticas (individuais ou em grupos) como meta de integração e ressocialização. O período de internação, em média, é de 90 dias. Após receber alta, o usuário é encaminhado, dependendo do seu quadro clínico, para o ambulatório ou serviço substitutivo, uma assistência de valorização do paciente que visa devolver sua auto-estima e sua reinserção no contexto familiar.

O Estado conta ainda com mais trinta e um Centros de Atenção Psicosocial (Caps) em diversas cidades, além de contar com atendimento integrado com o Programa de Saúde da Família (PSF) e com o Programa de Agentes Comunitários (Pacs), objetivando ampliar o modelo assistencial.