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Politica Brasil
Terça - 16 de Maio de 2006 às 08:44
Por: Téo Meneses

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A revista IstoÉ desta semana revela que o ex-senador por Mato Grosso Carlos Bezerra (PMDB) favoreceu o banco BMG quando era presidente nacional do INSS. O favorecimento foi denunciado ao procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, pelo ex-ministro da Previdência, Amir Lando (PMDB-RO).

Segundo a revista, o favorecimento teria sido uma determinação do Palácio do Planalto e era articulado pelo ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. O dinheiro arrecadado teria financiado campanha de partidos políticos aliados ao governo do presidente Lula.

O favorecimento garantiu ao BMG ser o único banco, juntamente com a Caixa Econômica Federal (CEF), a operar o crédito consignado - que é descontado diretamente na folha do correntista. O banco repassou R$ 26 milhões ao publicitário Marcos Valério, que acabaram nas contas de partidos ligados ao PT, conforme apontou a CPI do Mensalão.

A denúncia foi encaminhada ao procurador porque a ligação do presidente Lula com o BMG é a segunda fase de investigação sobre o mensalão. Por decreto presidencial, apenas o BMG e a CEF passaram a operar o crédito consignado.

Bezerra, apesar da denúncia do ex-ministro a quem era subordinado, nega irregularidade. Ele se recusou ontem a comentar o assunto em entrevista para A Gazeta. Já ao jornal Folha de S. Paulo, o ex-senador admitiu que tudo "era acertado" na Casa Civil. "Quando a Medida Provisória 130 que regulamentou os empréstimos consignados de aposentados e pensionistas do INSS foi editada, em 17 de outubro de 2003, eu sequer presidia o órgão. Assumi a direção do INSS em abril de 2004, onde permaneci por exatos 11 meses", rebateu Bezerra, em nota.





Fonte: A Gazeta

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