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Evo Morales e as bananas
Juan Evo Morales Ayma tornou-se presidente constitucional de la República de Bolívia para restabelecer derechos del país em nome das suas gentes e da memória dos derrotados na guerra contra o Paraguai, os “Héroes del Chaco”, recuperando o legado das sucessivas gerações desafortunadas de bolivianos. O senhor Evo Morales eleito discordaria da esperança do seu povo e do que prescreve a sua familiar nação indígena Aymará? Não furtar; Não acovardar; Não mentir? Deveria, ao assentar-se no palácio-sede do governo, recolher-se amedrontado e acomodar-se ao que se espera dum mandatário duma república bananeira?
Triste povo latino-americano, sempre a amar o desacontecido. Infelizes bolivianos, de ânimo tão aguerrido quanto o de todos os castelhanos, no entanto, sempre fracassando em todos os conflitos em que se metem, cabendo-lhes o conforto de carregar mais nomes de batismo e de família que moedas no bolso, sempre a aguardar pelas riquezas da sua terra, e a confiar que continuem em suas divisas.
Tristemente, as pessoas desta Terra de Rondon põem-se a esperar que interesses irradiados de algures à Leste do Planalto Central os alcancem para que, enfim, alienígenas apontem o que fazer, inspirem o que saber e determinem o que sentir. Apesar do chamado dos melhores historiadores mato-grossenses, pouco sabemos das nações colonizadas pelos espanhóis, das coisas ao nosso lado Oeste. Por outro lado, ansiamos e compramos tudo o que venha do eixo Rio-São Paulo, inclusive, raivosas, desplantadas e incendiárias opiniões.
Parece até que o brasileiro possui sangue nos olhos e bafo de pólvora ao exigir que o comandante-em-chefe das forças armadas brasileiras ponha a correr os militares bolivianos como baratas tontas a temer uma chinelada pelo crime de lesa-pátria ao invadir as instalações da Petrobrás no dia 1° de maio. Curiosamente, no Dia do Trabalho, o presidente brasileiro prestava mais homenagens à Petrobrás que a qualquer outro trabalhador que quando pode paga por um preço absurdo ao abastecer, e quando não pode paga um preço absurdo pelas passagens dos coletivos.
Ora, ora, ora! Venhamos e convenhamos acerca da nossa miopia, da nossa soberba e sanguinário desejo de refrega, vejamos o índio velho, franco e corajoso, chamado Evo Morales, cujo governo está a reconsiderar todos os assuntos estrangeiros que arranhem a sua soberania e tolham as boas chances do seu povo. Sendo assim, matutemos acerca do presidente boliviano que discorda da presença político-militar norte-americana em seu território, e das propriedades rurais brasileiras em suas fronteiras, e das instalações petrolíferas das multinacionais em seu solo, e da debilidade do próprio Estado.
Certamente, o Brasil não irá à guerra contra a Bolívia, pois somos brasileiros-cordiais, exatamente como Sérgio Buarque de Holanda sintetizou há décadas, e, por conseguinte, o prejuízo material e o ultraje proferido serão cobrados e, ainda assim, jamais esquecidos até que sejamos tão irmãos quanto qualquer hermano, afinal de contas, somos “um gigante cheio de bonomia superior para com todas as nações do mundo”.
Graciosamente, o momento é oportuno para sabermos se a mulher que nasceu analfabeta, dona Eurídice, nos legou um homem habilidoso e corajoso o suficiente para agradar e satisfazer a quase todos os aparentes e ocultos interessados. Quem são? Primeiramente, os gringos do Norte, que forçosamente precisam ser atendidos em sua voracidade do mesmo modo que os irmãos do Oeste possuem necessidades legítimas a serem contempladas por nossa boa-vontade, ao tempo em que internamente e alongadamente há demandas a serem suprimidas. Ademais, veremos se o senhor Luís Inácio Lula da Silva tornou-se presidente da República do Brasil apenas para burlescamente sorrir com as orelhas enquanto com as mãos acena para uns e para outros abana não.
Triste povo latino-americano, sempre a amar o desacontecido. Infelizes bolivianos, de ânimo tão aguerrido quanto o de todos os castelhanos, no entanto, sempre fracassando em todos os conflitos em que se metem, cabendo-lhes o conforto de carregar mais nomes de batismo e de família que moedas no bolso, sempre a aguardar pelas riquezas da sua terra, e a confiar que continuem em suas divisas.
Tristemente, as pessoas desta Terra de Rondon põem-se a esperar que interesses irradiados de algures à Leste do Planalto Central os alcancem para que, enfim, alienígenas apontem o que fazer, inspirem o que saber e determinem o que sentir. Apesar do chamado dos melhores historiadores mato-grossenses, pouco sabemos das nações colonizadas pelos espanhóis, das coisas ao nosso lado Oeste. Por outro lado, ansiamos e compramos tudo o que venha do eixo Rio-São Paulo, inclusive, raivosas, desplantadas e incendiárias opiniões.
Parece até que o brasileiro possui sangue nos olhos e bafo de pólvora ao exigir que o comandante-em-chefe das forças armadas brasileiras ponha a correr os militares bolivianos como baratas tontas a temer uma chinelada pelo crime de lesa-pátria ao invadir as instalações da Petrobrás no dia 1° de maio. Curiosamente, no Dia do Trabalho, o presidente brasileiro prestava mais homenagens à Petrobrás que a qualquer outro trabalhador que quando pode paga por um preço absurdo ao abastecer, e quando não pode paga um preço absurdo pelas passagens dos coletivos.
Ora, ora, ora! Venhamos e convenhamos acerca da nossa miopia, da nossa soberba e sanguinário desejo de refrega, vejamos o índio velho, franco e corajoso, chamado Evo Morales, cujo governo está a reconsiderar todos os assuntos estrangeiros que arranhem a sua soberania e tolham as boas chances do seu povo. Sendo assim, matutemos acerca do presidente boliviano que discorda da presença político-militar norte-americana em seu território, e das propriedades rurais brasileiras em suas fronteiras, e das instalações petrolíferas das multinacionais em seu solo, e da debilidade do próprio Estado.
Certamente, o Brasil não irá à guerra contra a Bolívia, pois somos brasileiros-cordiais, exatamente como Sérgio Buarque de Holanda sintetizou há décadas, e, por conseguinte, o prejuízo material e o ultraje proferido serão cobrados e, ainda assim, jamais esquecidos até que sejamos tão irmãos quanto qualquer hermano, afinal de contas, somos “um gigante cheio de bonomia superior para com todas as nações do mundo”.
Graciosamente, o momento é oportuno para sabermos se a mulher que nasceu analfabeta, dona Eurídice, nos legou um homem habilidoso e corajoso o suficiente para agradar e satisfazer a quase todos os aparentes e ocultos interessados. Quem são? Primeiramente, os gringos do Norte, que forçosamente precisam ser atendidos em sua voracidade do mesmo modo que os irmãos do Oeste possuem necessidades legítimas a serem contempladas por nossa boa-vontade, ao tempo em que internamente e alongadamente há demandas a serem suprimidas. Ademais, veremos se o senhor Luís Inácio Lula da Silva tornou-se presidente da República do Brasil apenas para burlescamente sorrir com as orelhas enquanto com as mãos acena para uns e para outros abana não.
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