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Câmara pode investigar mais deputados sanguessugas
Mais deputados, além dos 16 anunciados anteontem, poderão ser alvo de investigação da comissão de sindicância da Corregedoria da Câmara por envolvimento na fraude da venda de ambulâncias para prefeituras, afirmaram ontem o corregedor, Ciro Nogueira (PP-PI), e o relator da comissão, Robson Tuma (PFL-SP).
Após a primeira reunião da comissão, o corregedor declarou que, com a divulgação da lista de 81 nomes de supostos envolvidos resultante do depoimento da ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino à Polícia Federal, novos nomes podem ser incluídos na investigação.
"Obviamente, alguns dos nomes podem sair e outros, aparecer; o trabalho será feito com muita cautela para evitar que culpados sejam inocentados, e inocentes, culpados", disse Tuma.
Ciro Nogueira também fez críticas à PF que teria agido de forma "irresponsável". "A PF cometeu uma ilegalidade ao mostrar fotos de deputados para a servidora. Isso é investigação de parlamentares, o que foge de suas atribuições." Ele defendeu medidas da Câmara contra o delegado Tardelli Boaventura.
Em nota, a PF informou que "investigou e investiga apenas pessoas que não gozam de prerrogativa de foro especial, sendo descabidas as insinuações de que tenha produzido relatórios sobre o envolvimento de parlamentares nos crimes em questão."
Além disso, diz a nota, a PF "acolheu requerimento do Ministério Público Federal determinando que, no prazo de 48 horas [a partir de 25 de abril, quando se encerraram as escutas], produzisse um relatório contendo todas as referências a parlamentares colhidas nas gravações."
Depoimentos
Ontem, a comissão de sindicância definiu 27 pessoas, 16 das quais parlamentares, que quer ouvir antes de chegar às suas conclusões. A primeira da lista é Maria da Penha Lino, que deverá ser solta nos próximos dias em troca da "delação premiada", segundo expectativa da Corregedoria.
É provável que parte dos 27 elencados pela comissão não preste depoimento. A Corregedoria não tem poder de convocar ninguém -apenas de convidar.
O plano da comissão é começar com os não-parlamentares: autoridades que investigam o caso e pessoas acusadas de integrar o esquema. Darci Vedoin, sócio da Planam -empresa que comandaria as fraudes- , sua mulher e o filho Luiz Antônio Vedoin estão entre os listados.
"A Polícia Federal está há dois anos nesse caso, tem muito a nos contar", afirmou Nogueira, que ontem não escondeu a irritação com a PF por ter vazado uma lista com 81 nomes sem que fosse feita uma triagem prévia.
A triagem, segundo ele, será uma das tarefas da Corregedoria. Anteontem, antes de vir à tona o depoimento de Maria da Penha, Nogueira havia anunciado que seriam investigados 16 deputados que teriam recebido dinheiro do esquema. Outros 9 ficaram em uma lista intermediária, por terem assessores supostamente envolvidos. E 36 foram liberados de cara, por não haver indícios consistentes. Desses, porém, 16 foram incluídos na lista de Penha.
"Primeiro vamos convidar as pessoas que estão investigando o caso, para entendermos o contexto em que elas aconteceram e, posteriormente, ouviremos os deputados", declarou Tuma.
O relator disse que tem o prazo de 30 dias, prorrogáveis por igual período.
CPI
Deputados de PPS, PV e PSOL começaram ontem a recolher assinaturas para a instalação de uma CPI da Operação Sanguessuga. A comissão seria formada por deputados e senadores. O mínimo de assinaturas necessário é 171 na Câmara e 27 no Senado. Até a noite de ontem, haviam sido colhidas 51 de deputados e 12 de senadores, segundo o deputado Raul Jungmann (PPS-PE).
Após a primeira reunião da comissão, o corregedor declarou que, com a divulgação da lista de 81 nomes de supostos envolvidos resultante do depoimento da ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino à Polícia Federal, novos nomes podem ser incluídos na investigação.
"Obviamente, alguns dos nomes podem sair e outros, aparecer; o trabalho será feito com muita cautela para evitar que culpados sejam inocentados, e inocentes, culpados", disse Tuma.
Ciro Nogueira também fez críticas à PF que teria agido de forma "irresponsável". "A PF cometeu uma ilegalidade ao mostrar fotos de deputados para a servidora. Isso é investigação de parlamentares, o que foge de suas atribuições." Ele defendeu medidas da Câmara contra o delegado Tardelli Boaventura.
Em nota, a PF informou que "investigou e investiga apenas pessoas que não gozam de prerrogativa de foro especial, sendo descabidas as insinuações de que tenha produzido relatórios sobre o envolvimento de parlamentares nos crimes em questão."
Além disso, diz a nota, a PF "acolheu requerimento do Ministério Público Federal determinando que, no prazo de 48 horas [a partir de 25 de abril, quando se encerraram as escutas], produzisse um relatório contendo todas as referências a parlamentares colhidas nas gravações."
Depoimentos
Ontem, a comissão de sindicância definiu 27 pessoas, 16 das quais parlamentares, que quer ouvir antes de chegar às suas conclusões. A primeira da lista é Maria da Penha Lino, que deverá ser solta nos próximos dias em troca da "delação premiada", segundo expectativa da Corregedoria.
É provável que parte dos 27 elencados pela comissão não preste depoimento. A Corregedoria não tem poder de convocar ninguém -apenas de convidar.
O plano da comissão é começar com os não-parlamentares: autoridades que investigam o caso e pessoas acusadas de integrar o esquema. Darci Vedoin, sócio da Planam -empresa que comandaria as fraudes- , sua mulher e o filho Luiz Antônio Vedoin estão entre os listados.
"A Polícia Federal está há dois anos nesse caso, tem muito a nos contar", afirmou Nogueira, que ontem não escondeu a irritação com a PF por ter vazado uma lista com 81 nomes sem que fosse feita uma triagem prévia.
A triagem, segundo ele, será uma das tarefas da Corregedoria. Anteontem, antes de vir à tona o depoimento de Maria da Penha, Nogueira havia anunciado que seriam investigados 16 deputados que teriam recebido dinheiro do esquema. Outros 9 ficaram em uma lista intermediária, por terem assessores supostamente envolvidos. E 36 foram liberados de cara, por não haver indícios consistentes. Desses, porém, 16 foram incluídos na lista de Penha.
"Primeiro vamos convidar as pessoas que estão investigando o caso, para entendermos o contexto em que elas aconteceram e, posteriormente, ouviremos os deputados", declarou Tuma.
O relator disse que tem o prazo de 30 dias, prorrogáveis por igual período.
CPI
Deputados de PPS, PV e PSOL começaram ontem a recolher assinaturas para a instalação de uma CPI da Operação Sanguessuga. A comissão seria formada por deputados e senadores. O mínimo de assinaturas necessário é 171 na Câmara e 27 no Senado. Até a noite de ontem, haviam sido colhidas 51 de deputados e 12 de senadores, segundo o deputado Raul Jungmann (PPS-PE).
Fonte:
24 Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/301560/visualizar/
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