Brito acusa secretários de atrapalhar a sua reeleição

“O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), não tem compromissos comigo, mas sim com o povo desta terra. E como o ajudei a se eleger, vou cobrar tudo aquilo que foi prometido nos palanques”, disse ontem o deputado Carlos Brito (PDT), um dos poucos que em 2004 deixaram o PPS para apoiar a candidatura do tucano contra a do deputado Sérgio Ricardo (PPS), que teve o apoio do governador Blairo Maggi.

O deputado pedetista reclamou de alguns secretários municipais que estariam interferindo na sua candidatura à reeleição com o intuito de interferir e atrapalhar. “Se ele me oficializar, vou averiguar e tomar as providências. Ninguém, muito menos secretário municipal, está autorizado a fazer política para quem quer que seja, nem a favor nem contra”, respondeu o prefeito Wilson Santos, que esteve ontem em Brasília para se reunir com os ministros Tarso Genro e Patrus Ananias.

“Quero deixar de público o meu agradecimento pelo empenho do deputado Carlos Brito à minha campanha em 2004”, frisou o prefeito de Cuiabá, apontando que não existem problemas, apenas alguns pontuações que podem e devem ser facilmente corrigidas, bastando apenas uma conversa, um entendimento.

Wilson Santos negou que esteja em rota de colisão com o PDT e com Carlos Brito e que a nomeação do pedetista Ricardo Siqueira na pasta de Defesa e Cidadania teve o aval do deputado Carlos Brito, do presidente do Diretório Municipal em Cuiabá Alonso Dias, do presidente do Diretório Regional, Mário Marcio Torres, do candidato Eraí Maggi e de Manoel Dias, do Diretório Nacional. “Conversei com todos e ninguém fez qualquer menção que desabonasse ou que nos levasse a não indicar o secretário Ricardo Siqueira”.

Para Brito, a escolha de Siqueira não representa que o partido esteja lhe apoiando. “Tenho certeza de que a maioria não apóia o prefeito e não é por causa de cargos e sim pela falta de compromissos”, explicou Carlos Brito.

Da tribuna da Assembléia Legislativa, o parlamentar pedetista lembrou compromissos com as comunidades cuiabanas e as obras que deveriam ser executadas e até o momento não foram. “Estamos chegando à metade do segundo ano de administração municipal e muitos compromissos não foram honrados”, explica Carlos Brito, que não esquece de ponderar que foi contra seu então partido na época, o PPS, que tinha outro candidato para apoiar o atual prefeito.