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Dante alega viagem e não depõe na PF
O ex-governador Dante de Oliveira (PSDB) comunicou ontem, por meio do seu advogado Mário Sá, que não pode comparecer à inquirição da Polícia Federal marcada para hoje no inquérito 561/2004 que apura a operação financeira feita pelo seu partido na campanha majoritária de 2002 com a VIP Factoring, empresa que pertencia ao bicheiro João Arcanjo Ribeiro. O Comitê Financeiro Único do PSDB à época fez uma operação de R$ 240.418,58 no período entre agosto e outubro de 2002, totalizando 87 cheques.
Ontem, foi ouvido neste inquérito o empresário Nilson Roberto Teixeira, ex-gerente das factorings de João Arcanjo Ribeiro, que cumpre regime prisional semi-aberto, confirmou a operação e alegou que a mesma foi legal. Teixeira não quis detalhar seu depoimento à imprensa. Dante só deve depor agora em junho.
O prazo para concluir o inquérito termina hoje. Porém, com o argumento do ex-governador de que não pode comparecer ao depoimento porque está em viagem e só retorna a Cuiabá no final do mês, o delegado Eliomar da Silva Pereira, que preside o inquérito, informou ontem à tarde que vai pedir novo prazo para concluir as investigações. Neste caso, sendo deferido o seu pedido junto ao Ministério Público Federal, o prazo para o término pode se estender até por 60 dias.
Segundo o delegado, foram ouvidos neste inquérito o ex-diretor do Comitê Financeiro do PSDB, Paulo Ronan, o ex-contador de empresas do bicheiro, Luiz Dondo, além do Nilson. O delegado explicou que o processo ficou parado durante todo este período por conta do foro privilegiado do ex-governador Dante de Oliveira.
A constatação da operação realizada pelo PSDB foi feita após ter sido desencadeada a Operação Arca de Noé. Porém, só no dia 16 de setembro de 2004, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão simultânea em imóveis do PSDB ou de pessoas ligadas à legenda, atendendo à decisão do juiz federal da 1ª Vara, Julier Sebastião da Silva, a pedido do Ministério Público Federal.
Foram vasculhados o Diretório Regional do partido, o escritório do ex-governador Dante de Oliveira, presidente estadual da agremiação, e a residência de Paulo Ronan. Três equipes da PF estiveram nesses locais e recolheram computadores, notebooks e documentos.
Por se tratar de um Comitê Financeiro, com CNPJ, a direção do partido alega que não houve qualquer irregularidade na operação. O argumento do partido à época foi de que por se tratar de uma operação, determinada pelo juiz Julier da Silva, às vésperas das eleições municipais de 2004, quando o então candidato tucano, Wilson Santos, hoje prefeito da Capital, estava à frente nas pesquisas de intenções de votos, foi uma forma de retaliação do magistrado, a quem o senador Antero Paes de Barros, atual presidente do PSDB, acusa de ter feito a determinação para favorecer o concorrente do candidato do PSDB, o petista Alexandre Cesar. Antero argumentou a amizade de Julier e Cesar e o fato do juiz ter pertencido aos quadro do PT antes de ingressar na magistratura.
Ontem, foi ouvido neste inquérito o empresário Nilson Roberto Teixeira, ex-gerente das factorings de João Arcanjo Ribeiro, que cumpre regime prisional semi-aberto, confirmou a operação e alegou que a mesma foi legal. Teixeira não quis detalhar seu depoimento à imprensa. Dante só deve depor agora em junho.
O prazo para concluir o inquérito termina hoje. Porém, com o argumento do ex-governador de que não pode comparecer ao depoimento porque está em viagem e só retorna a Cuiabá no final do mês, o delegado Eliomar da Silva Pereira, que preside o inquérito, informou ontem à tarde que vai pedir novo prazo para concluir as investigações. Neste caso, sendo deferido o seu pedido junto ao Ministério Público Federal, o prazo para o término pode se estender até por 60 dias.
Segundo o delegado, foram ouvidos neste inquérito o ex-diretor do Comitê Financeiro do PSDB, Paulo Ronan, o ex-contador de empresas do bicheiro, Luiz Dondo, além do Nilson. O delegado explicou que o processo ficou parado durante todo este período por conta do foro privilegiado do ex-governador Dante de Oliveira.
A constatação da operação realizada pelo PSDB foi feita após ter sido desencadeada a Operação Arca de Noé. Porém, só no dia 16 de setembro de 2004, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão simultânea em imóveis do PSDB ou de pessoas ligadas à legenda, atendendo à decisão do juiz federal da 1ª Vara, Julier Sebastião da Silva, a pedido do Ministério Público Federal.
Foram vasculhados o Diretório Regional do partido, o escritório do ex-governador Dante de Oliveira, presidente estadual da agremiação, e a residência de Paulo Ronan. Três equipes da PF estiveram nesses locais e recolheram computadores, notebooks e documentos.
Por se tratar de um Comitê Financeiro, com CNPJ, a direção do partido alega que não houve qualquer irregularidade na operação. O argumento do partido à época foi de que por se tratar de uma operação, determinada pelo juiz Julier da Silva, às vésperas das eleições municipais de 2004, quando o então candidato tucano, Wilson Santos, hoje prefeito da Capital, estava à frente nas pesquisas de intenções de votos, foi uma forma de retaliação do magistrado, a quem o senador Antero Paes de Barros, atual presidente do PSDB, acusa de ter feito a determinação para favorecer o concorrente do candidato do PSDB, o petista Alexandre Cesar. Antero argumentou a amizade de Julier e Cesar e o fato do juiz ter pertencido aos quadro do PT antes de ingressar na magistratura.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/301583/visualizar/
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