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Saúde
Quinta - 11 de Maio de 2006 às 01:59
Por: Elaine Perassoli

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A vermifugação de ovinos e cães é a forma mais segura de proteger o homem contra uma doença infecciosa grave que atinge especialmente os pulmões e que pode ser fatal se chegar ao cérebro: a hidatidose.

O ciclo da doença só se completa se houver o homem, o cão e o suíno, ovino ou o bovino.

Atualmente a incidência da doença é grande no Sul no Brasil, mas pode ganhar importância em regiões onde a ovinocultura vem crescendo, como é o caso do Centro-Oeste.

A palestra sobre hidatidose foi proferida pelo presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul, Air Fagundes, na Sala Democrática do 33º Conbravet (Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária) nesta quarta-feira (10). Fagundes alerta: a hidatidose é uma doença silenciosa quando atinge o homem.

"E ela também é lenta. Muitas vezes a pessoa é contaminada na infância e só apresenta os sintomas na velhice". Geralmente o tratamento se dá com a cirurgia para retirada de líquido do órgão infectado.

O presidente do CRMV-RS faz um alerta aos produtores mato-grossenses.

Segundo ele, a ovinocultura está em expansão no Estado e com isso há um grande volume de importação de ovelhas e também de cães de pastoreio.

"A quarentena a que os animais são submetidos antes de ir para o pasto e se misturar com os demais não evita a contaminação. Sendo assim, é importante vermifugar os ovinos e dar aos cães um medicamento para eliminar a Taenia.

Só assim é possível quebrar o ciclo de reprodução do verme e evitar que a doença se espalhe no Estado", enfatiza.

A incidência anual média da doença, expressa pelo número de casos novos por 100 mil habitantes, é alta para países como Uruguai (17,7), Chipre (12,9), Grécia (7,9), Chile (7,8), Argélia (5,6) e a antiga Iugoslávia (3,7).

O Sul do Brasil é considerado zona hiperendêmica da hidatidose tanto para ruminantes domésticos quanto para o homem. No Rio Grande do Sul, a doença constitui-se num sério problema de saúde pública, especialmente nos municípios localizados próximos à fronteira com o Uruguai e Argentina. "Essa incidência se dá em função do número elevado de ovinos na região".

Segundo levantamento da Divisão de Zoonoses e Vetores da Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, em 1990 a hidatidose foi identificada em 31,25% dos bovinos e 23,15% dos ovinos abatidos no Estado.

Sala Democrática - O presidente do CRMV-RS ressaltou que as salas democráticas significam uma grande evolução nos congressos de Medicina Veterinária. "O próximo Conbravet será em São Paulo e a programação contempla as salas democráticas", comemora.

"Acho que cada um tem que falar do que sabe e contribuir para a formação dos novos profissionais", completa Fagundes, que comemora os 40 anos de profissão.





Fonte: Da Assessoria

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