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Politica Brasil
Quarta - 10 de Maio de 2006 às 16:35

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Cerca de 1.500 representantes, entre delegados, convidados e observadores de diversos segmentos da sociedade estiveram reunidos entre os dias 04 e 07 de maio na II Conferência Nacional do Esporte, em Brasília, Distrito Federal. As discussões promovidas pelo Ministério dos Esportes, giraram em torno de quatro eixos temáticos: Estrutura com seus agentes e competências, Recursos humanos e formação, Gestão e controle social e Financiamento, e tiveram o objetivo de agregar propostas para a elaboração de um novo Sistema Nacional do Esporte e Lazer. O fortalecimento desse novo sistema, com políticas claras e objetivas sobre aplicações no desenvolvimento e suporte ao esporte nacional foram abordadas em mais de 1.000 propostas apresentadas pelos 27 estados. v O tema Financiamento teve maior destaque nas discussões, tendo o maior numero de propostas apresentadas. Conforme levantado pela plenária, que reuniu profissionais graduados, acadêmicos, federações esportivas, ONGs e gestores, as propostas buscavam suscitar caminhos para o financiamento da infra-estrutura esportiva nacional, não apenas como pontos de partida, mas soluções permanentes para o fortalecimento do esporte. Entre tais possibilidades esteve em pauta a aprovação pelo Congresso Nacional da Lei de Incentivo ao Esporte.

A campanha pela rápida aprovação do projeto, que faz parte dos compromissos da Carta de Brasília, divulgada durante a plenária final da Conferência, terá alcance nacional e deve contar com a participação de grandes nomes do esporte nacional. A exemplo da Lei Rouanet, de apoio à cultura, o projeto prevê investimentos privados em programas esportivos por meio de doações e patrocínios. Os valores aplicados poderão ser deduzidos do Imposto de Renda em até 4% para pessoas jurídicas e até 6% para pessoas físicas.

A busca pela capacitação de profissionais não-graduados na área de Educação Física, também foi debatida pelos conferencistas. A principal preocupação de docentes e gestores está relacionada à baixa qualidade, não apenas nas salas de aula, mas em projetos e programas desenvolvidos por profissionais desqualificados pelo interior do país. “Uma das nossas maiores preocupações é saber como essas aulas estão sendo ministradas no interior do país. O tratamento diferenciado entre crianças e idosos, respeitando critérios como faixa etária e capacidade física estão sendo ignoradas pela falta de qualificação desse pessoal”, categorizou um dos coordenadores da delegação mato-grossense, professor Hélio Machado.

Destaque

Entre os Estados empenhados nas discussões sobre a melhoria estrutural e de recursos humanos, mereceram destaque os estados de Mato Grosso e Tocantins, como os estados com o maior número de propostas acolhidas para debate durante a conferência. Mato Grosso, por exemplo, obteve um total de 61 propostas aceitas como base pela plenária para discussão. “O diferencial da segunda conferência foi a sistematização adotada pelo ministério, que possibilitou a participação de todos os grupos nas discussões dos quatro eixos temáticos, o que com certeza enriqueceu as bases nas discussões sobre o gerenciamento do esporte no país”, avaliou o secretário-adjunto de Estado de Esporte, Ladenir Crivelaro, que também coordenou a delegação de Mato Grosso.

A II Conferência Nacional do Esporte, realizada em Brasília, é resultado de um processo iniciado a nível estadual, onde estados e municípios em todo o país envolveram mais de 2.200 municípios brasileiros.





Fonte: Da Assessoria

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