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Politica Brasil
Terça - 09 de Maio de 2006 às 07:03
Por: Auro Ida

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A maioria dos 141 prefeitos de Mato Grosso reagiu com indignação a acusação de envolvimento do ex-chefe do escritório de representação da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), José Wagner dos Santos, na "máfia da ambulância". Preso desde último domingo, ele pode ter sido incluído na Operação Sanguessuga realizada pela Policia Federal, por equívoco.

É que os processos investigados pela PF são relativos a compras de ambulância no período de 2001 a 2004. Nessa época, Wagner não era funcionário da AMM, tendo assumido o cargo apenas em abril de 2005, ano em que não houve a liberação de recursos federais para compra de ambulâncias e UTIs móveis pelo governo federal.

Na condição de representante da AMM em Brasília, Wagner era responsável pelo acompanhamento de projetos das prefeituras nos ministérios e ainda do agendamento de audiências com deputados federais. Como forma de provar sua inocência, Wagner colocou à disposição da PF e da Justiça o seu sigilo bancário, fiscal e patrimonial. Nas gravações feitas pela PF, em nenhuma delas há diálogo apontando para o pagamento ou negociação de propina.

Em uma delas, o prefeito de Arenápolis, Rogaciano Oliveira Sampaio, pede para Wagner checar a liberação de um recurso para reforma de um posto de saúde em seu município. Ele liga, então, para Maria da Penha, assessora do Ministério da Saúde, que confirma a liberação dos recursos. "Wagner nunca, repito nunca, fez qualquer menção à propina, ele apenas nos auxiliava em Brasília, o que, aliás, é o papel dele como funcionário da AMM, nos assessorar junto aos ministérios e gabinetes parlamentares" diz o prefeito.

Vários prefeitos ouvidos sobre a possibilidade de Wagner estar envolvido com a "máfia da ambulância" saíram em defesa do assessor da AMM . Em razão das investigações, eles, que pediram anonimato, elogiaram a atuação do Wagner. Além de acompanhar os projetos junto aos ministérios, ele ajudava na elaboração e na relação com os parlamentares federais. Por isso, os prefeitos acham que pode ter havido equívoco da PF durante as investigações.





Fonte: A Gazeta

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