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Politica Brasil
Segunda - 08 de Maio de 2006 às 19:20

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Pacientes de doenças cardíacas que têm desfibriladores - aparelhos que disparam cargas elétricas para restaurar o ritmo normal do coração - implantados e fumam têm sete vezes mais chance de ativar o aparelho do que não fumantes com o mesmo tipo de implante, de acordo com estudo da Escola de Medicina da Universidade de Washington. Quando o desfibrilador atua, a sensação é como a de uma batida, ou mesmo um chute, no peito.

"Onze por cento das mortes cardiovasculares estão relacionadas ao tabaco, e estudos anteriores mostraram que diminuir ou abandonar o fumo é, em si, uma terapia efetiva para cardíacos", disse o médico Mauricio Sánchez, principal autor do estudo, que aparece na edição de abril do periódico Heart Rhythm.

O médico descreve os desfibriladores implantados como "uma ambulância dentro do peito". O estudo analisou 105 pacientes que tinham o aparelho implantado para evitar morte cardíaca súbita. Eles foram acompanhados, em média, por dois anos.

Nesse tempo, mais de um terço dos fumantes receberam um choque elétrico do dispositivo, para corrigir uma mudança potencialmente fatal no ritmo do coração. Em comparação, um quatro dos pacientes que haviam parado de fumar um mês antes do início do estudo foram "chocados" pelo aparelho, e entre os que nunca fumaram, só 6% receberam a descarga elétrica.

Segundo Sánchez, o tabaco pode prejudicar o coração de várias maneiras. Por exemplo, a nicotina eleva a adrenalina no sangue, que pode levar à constrição de vasos e a redução do fluxo de sangue para o coração. O fumo também aumenta os fatores de coagulação do sangue, que elevam a chance de bloqueio dos vasos. E a hemoglobina dos fumantes tem mais monóxido de carbono, portanto é menos capaz de carregar oxigênio.





Fonte: Agência Estado

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