Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Segunda - 08 de Maio de 2006 às 16:43

    Imprimir


Mato Grosso pode ser um grande produtor de peixe, cuja atividade além de rentável vai agregar valor à produção. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (08.05) pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Clóves Vettorato, em palestra proferida no Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária (Enipec 2006), que ocorre no Centro de Eventos do Pantanal.

O fomento efetivo desta atividade, porém, disse o secretário, dependerá da regulamentação da legislação para o setor, cuja lei 8.464, de autoria do deputado Sérgio Ricardo (PPS), acaba de ser sancionada pelo governador Blairo Maggi.

A legislação sancionada disciplina a piscicultura no Estado, fortalece o setor e define quem são os profissionais da área à questão ambiental. “Essa é uma legislação moderna que vai permitir o desenvolvimento da atividade no Estado com muito vigor”, afirmou Vettorato, que proferiu para pescadores e empresários palestra sobre leis, normas e incentivos para criar peixes.

O secretário apresentou a lei aprovada pela Assembléia Legislativa e mostrou números que apontam a deficiência da piscicultura não só em Mato Grosso como no Brasil. O Estado ocupa a quinta posição no ranking dos Estados produtores de peixes com a produção, em 2004, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16.627 toneladas, atrás do Rio Grande do Sul, maior produtor, seguido de São Paulo, Santa Catarina e Ceará.

Vettorato defendeu a pesca como atividade turística em regiões onde haja peixe nativo, além de projetos com assistência técnica para se produzir o pescado em larga escala. “A partir daí podemos desenvolver a cadeia produtiva completa com agregação de valor. Recomendo que os projetos tenham começo, meio e fim”, disse o secretário citando que esta cadeia produtiva pode ser contemplada pelos consórcios intermunicipais de desenvolvimento econômico e sócio-ambiental, que estão sendo implantados.

A exemplo do secretário, o chefe de gabinete da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República, José Claudenor Vermohlen, lamentou o franco desempenho da atividade, apesar da sua potencialidade. “Há quatro anos esse setor estava fora da atividade econômica”, lembrou ele. No mundo, informou ele, a Organização para a Agricultura e a Alimentação (FAO), aponta um déficit anual de 25 milhões de toneladas de peixes. Só o Brasil, acrescentou Vermohlen, poderia contribuir com 10 milhões de toneladas.

Atualmente, no entanto, a produção anual no País não chega a 1 milhão de tonelada. “Para atender esse déficit teremos que produzir 20 vezes mais”, informou. O Brasil detém 13,7 da água doce do mundo. Somente em reservatórios , são 5,5 milhões de hectares e outros 8,5 mil quilômetros de costa marítima. “Temos que fazer uma exploração de forma sustentável”, disse Vermohlen.

Para que a atividade para ser desenvolvida plenamente, ele aponta três fatores fundamentais: regulamentação, crédito e financiamento e retomada do programa nacional de aqüicultura e pesca.





Fonte: Da Assessoria

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/302329/visualizar/