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Estado tem exemplo de coligação branca
Coligação branca, ou apoio branco, como setores do PFL cogitam fazer nas próximas eleições para apoiar a reeleição do governador Blairo Maggi (PPS), não é novidade nas eleições em Mato Grosso. Em 2002 o PL, o PSB e o PMN oficializaram coligação com o PT em nível nacional mas, no estado, os partidos fizeram palanque para o PSDB.
O presidente regional do PL, deputado federal Welinton Fagundes, relata que nas eleições de 2002 o PL e o PT fizeram um acordo em Mato Grosso. Coligaram na majoritária e na eleição para deputado federal, para garantir tempo de televisão e quociente eleitoral. Já para a chapa de deputado estadual, o PL coligou apenas com o PMN.
O acordo consistia em pedir votos para o presidente Lula, já que o vice era José Alencar, do PL, e deixar o partido livre para que pudesse apoiar os candidatos do PSDB no estado. “Eles não nos quiseram na majoritária, lançaram chapa pura. Mas foi um bom acordo, convenientemente nós demos o tempo de televisão que eles precisavam e conseguimos realizar o projeto do partido, que era a eleição de José Alencar”, disse Fagundes.
Porém, o problema maior era no material de campanha, já que na propaganda dos candidatos do PL não podiam conter candidatos que não fossem da coligação oficial. “Já no palanque a questão era diferente”, disse.
No estado, o PL elegeu Fagundes e dois deputados estaduais. O PMN, que participou da coligação proporcional com o PL, também elegeu estadual. “O acordo foi bom, mas, se algum partido representasse judicialmente poderia dar problema”, alertou ao denominar o apoio ao PSDB como um apoio clandestino.
Da mesma forma, o deputado estadual Eliene Lima, que em 2002 foi eleito pelo PSB, avaliou que na época o apoio branco foi conveniente para o partido. O PSB tinha candidato a presidente da República, mas, no estado a aproximação era com o PSDB, adversário em nível nacional. Diante da situação, o partido optou por lançar um candidato ao governo do Estado sem expressão, o chamado laranja.
“Num encontro que tivemos no Rio de Janeiro, colocamos para o partido que aqui em Mato Grosso era complicado a coligação com o PT, mas aí o Antony Garotinho (na época candidato a presidente pelo partido), pediu que para lançarmos nem que fosse um laranja, e foi o que fizemos”, explicou Lima. No segundo turno o PSB coligou com o PT e no estado manteve o apoio branco ao PSDB.
“Dentro dos projetos do partido não nos prejudicou. Nós tínhamos a expectativa de eleger três deputados estaduais, elegemos dois, mas o problema foi em função da queda do candidato do PSDB nos últimos dias e não do apoio branco”, avaliou. No entanto, Eliene Lima ressaltou que é contra essa tática utilizada pelos partidos e que na época foi favorável por conveniência do partido. “Acho que tem que haver uma reforma política séria”, ponderou.
No PFL, partido que também cogita a possibilidade de partir para uma coligação branca, o assunto divide o partido. Muitos prefeitos e alguns líderes partidários são favoráveis enquanto uma outra ala do partido rechaça a hipótese.
O presidente regional do PL, deputado federal Welinton Fagundes, relata que nas eleições de 2002 o PL e o PT fizeram um acordo em Mato Grosso. Coligaram na majoritária e na eleição para deputado federal, para garantir tempo de televisão e quociente eleitoral. Já para a chapa de deputado estadual, o PL coligou apenas com o PMN.
O acordo consistia em pedir votos para o presidente Lula, já que o vice era José Alencar, do PL, e deixar o partido livre para que pudesse apoiar os candidatos do PSDB no estado. “Eles não nos quiseram na majoritária, lançaram chapa pura. Mas foi um bom acordo, convenientemente nós demos o tempo de televisão que eles precisavam e conseguimos realizar o projeto do partido, que era a eleição de José Alencar”, disse Fagundes.
Porém, o problema maior era no material de campanha, já que na propaganda dos candidatos do PL não podiam conter candidatos que não fossem da coligação oficial. “Já no palanque a questão era diferente”, disse.
No estado, o PL elegeu Fagundes e dois deputados estaduais. O PMN, que participou da coligação proporcional com o PL, também elegeu estadual. “O acordo foi bom, mas, se algum partido representasse judicialmente poderia dar problema”, alertou ao denominar o apoio ao PSDB como um apoio clandestino.
Da mesma forma, o deputado estadual Eliene Lima, que em 2002 foi eleito pelo PSB, avaliou que na época o apoio branco foi conveniente para o partido. O PSB tinha candidato a presidente da República, mas, no estado a aproximação era com o PSDB, adversário em nível nacional. Diante da situação, o partido optou por lançar um candidato ao governo do Estado sem expressão, o chamado laranja.
“Num encontro que tivemos no Rio de Janeiro, colocamos para o partido que aqui em Mato Grosso era complicado a coligação com o PT, mas aí o Antony Garotinho (na época candidato a presidente pelo partido), pediu que para lançarmos nem que fosse um laranja, e foi o que fizemos”, explicou Lima. No segundo turno o PSB coligou com o PT e no estado manteve o apoio branco ao PSDB.
“Dentro dos projetos do partido não nos prejudicou. Nós tínhamos a expectativa de eleger três deputados estaduais, elegemos dois, mas o problema foi em função da queda do candidato do PSDB nos últimos dias e não do apoio branco”, avaliou. No entanto, Eliene Lima ressaltou que é contra essa tática utilizada pelos partidos e que na época foi favorável por conveniência do partido. “Acho que tem que haver uma reforma política séria”, ponderou.
No PFL, partido que também cogita a possibilidade de partir para uma coligação branca, o assunto divide o partido. Muitos prefeitos e alguns líderes partidários são favoráveis enquanto uma outra ala do partido rechaça a hipótese.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/302557/visualizar/
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