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Internacional
Sábado - 06 de Maio de 2006 às 15:14

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O presidente George W. Bush disse neste sábado que o mercado de trabalho dos Estados Unidos está em sua melhor situação em anos. É mais um esforço, num ano de eleições para o Congresso, de convencer os cépticos norte-americanos de que a economia vai bem.

Bush disse aos novos formandos da Oklahoma State University que a economia está "forte e crescendo" e acrescentou que "os senhores terão mais empregos para escolher do que as turmas anteriores e os seus salários iniciais serão mais altos".

O discurso de formatura foi feito um dia depois de o Departamento do Trabalho ter informado que foram criados 138.000 novos empregos em abril — número que decepcionou os economistas, que esperavam um acréscimo de 200.000 postos de trabalho. Há, porém, alguns indícios de força, já que os salários registraram uma alta expressiva e que a taxa de desemprego nos EUA se manteve inalterada, em 4,7 por cento.

Diante da queda nas taxas de aprovação a Bush, que chegou a atingir 34 por cento em algumas pesquisas, a Casa Branca está frustrada porque seus esforços em divulgar o que considera dados econômicos positivos têm sido ignorados de uma forma geral.

Depois da divulgação dos dados sobre emprego, na sexta-feira, Bush apareceu numa loja de ferragens no Capitólio para comprar alguns brinquedos para seu cachorro, Barney, e saudar o crescimento do mercado de trabalho que, segundo afirmou, está sendo puxado pelo crescimento dos pequenos negócios.

"O mercado de trabalho para os estudantes que se formam na universidade é o melhor verificado em anos", disse Bush no discurso de formatura da universidade.

Os democratas vêm afirmando que os aumentos limitados nos salários dos trabalhadores, de forma geral, são prova de que o ponto central da agenda econômica de Bush — os cortes de impostos em 2001 e 2003 — não estão funcionando. Eles também responsabilizam os cortes pela grande alta nos déficits orçamentários.

Um fator que obscurece a mensagem otimista da Casa Branca sobre a economia é a alta expressiva nos preços da gasolina, que chegaram a 3 dólares por galão (3,8 litros). Esse aumento afeta os orçamentos dos consumidores e aumenta as preocupações dos republicanos quanto a se conseguirão manter o controle do Congresso na eleição deste ano.

Democratas pressionaram no sábado o Congresso dos EUA para que ponha fim a incentivos fiscais e subsídios para as empresas de petróleo e gás natural e aprove rapidamente projetos de lei com o objetivo de proteger o consumidor de preços exorbitantes.

"Está na hora de pôr fim ao alívio fiscal para as grandes empresas de petróleo e passar a dar novos incentivos para (o desenvolvimento de) novos materiais, leves e eficientes, e para carros que possam ser movidos a etanol ou gasolina", disse a senadora Maria Cantwell, no programa semanal de rádio dos democratas. Cantwell, representante do Estado de Washington, é candidata à reeleição este ano.

Bush, que neste ano adotou iniciativas com o objetivo de encorajar os investimentos em combustíveis alternativos, disse que o hidrogênio e outras fontes de combustível são promissoras no sentido de reduzir a dependência dos Estados Unidos em relação ao petróleo.

"Durante a sua vida", disse ele aos formandos, "avanços na tecnologia tornarão o ar mais limpo e os seus carros mais eficientes — e o motor a gasolina vai parecer tão antiquado como o telefone com disco e a TV branco e preto".

Bush disse que a ascensão de competidores globais, como a China e a Índia, criaram incerteza econômica. Mas afirmou que os norte-americanos devem resistir à tentação de "emparedar os EUA em relação ao mundo e se recolher no protecionismo".




Fonte: Reuters

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