Governador se diz injustiçado

Durante lançamento do Forest 2006, o maior evento de discussão sobre floresta amazônica, cerrado e Pantanal, o governador Blairo Maggi voltou a afirmar que Mato Grosso tem sido injustiçado por causa das críticas à política ambiental. Culpou setores da imprensa internacional e de Organizações Não Governamentais (ONGs) pelos ataques.

"Às vezes, sofremos críticas sensacionalistas. Muitos ainda acham que estamos foras dos padrões internacionais sem saber do que temos feito de avanço", afirmou Maggi, durante solenidade no Palácio Paiaguás.

Em discurso feito pela manhã, ele ressaltou a iniciativa do Estado em assumir as funções do Ibama em Mato Grosso. Comentou também o projeto que possibilitará desconto nas contas de energia elétrica à população que entregar as garrafas PET em locais que serão credenciados pela Sema. "Fomos muito penalizados, mesmo com as correções de rumo que fizemos no último ano. E isso tem que ser mostrado para todo mundo", completou Maggi, ao considerar 2006 como o ano da prestação de contas das políticas ambientais do governo.

Para o secretário de Meio Ambiente, Marcos Machado, o Forest 2006 servirá para demonstrar as parcerias internacionais para preservação do cerrado e floresta amazônica, além de avançar na discussão sobre manejo sustentável do Pantanal. "Não existe plano de gestão para esse bioma e isso tem nos preocupado muito", completou.

Machado ressaltou o remanejamento de oito gerentes ambientes para o interior do Estado. Eles vão trabalhar em ações de combate ao fogo, invasão, extração ilegal e depredação ambiental para descentralizar as ações da Sema. O Forest 2006 custará R$ 800 mil e será realizado entre os dias 22 e 25. O dinheiro foi viabilizado através de parcerias com órgãos públicos e empresas privadas.