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Politica Brasil
Sexta - 05 de Maio de 2006 às 09:14
Por: Marcos Lemos

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Mesmo deixando para os partidos aliados decidir quem será o candidato à única vaga de senador da República, o governador Blairo Maggi (PPS) afirmou textualmente que não existe veto a ninguém, nem a nomes. Para ele, levar as discussões para os partidos decidirem de forma consensual é uma boa maneira de prestigiá-los e, principalmente, de chamar outras siglas para o entendimento, para o somatório. “Não existe veto a ninguém. Quem não quer ser vetado não pode vetar ninguém”, assegurou o chefe do poder público.

Essa posição do governador não é a mesma do seu partido, o PPS, que vetou até o momento todos os possíveis nomes de aliados que desejam estar na coligação com Maggi na disputa de outubro próximo para o Senado da República. O próprio presidente, Percival Muniz, já havia publicamente vetado o nome do deputado federal Pedro Henry (PP) e agora se posta como candidato ao Senado pela agremiação para ter uma opção a mais que não as apresentadas pelos partidos aliados.

A consulta do PDT à Justiça Eleitoral quanto à possibilidade dos partidos políticos coligados para governador e vice-governador poderem lançar cada um seu candidato ao Senado Federal é uma demonstração da falta de unidade que hoje atinge o partido do governo e os aliados mais próximos.

Na última reunião da Executiva Regional do PPS em Diamantino, no final de semana passada, o nome mais recente na disputa pela única vaga de senador da República, o do deputado Welinton Fagundes, lançado pela tríplice aliança formada pelo PP, PTB e PL, foi vetado pela agremiação. O veto constaria da ata da reunião partidária da qual o núcleo político de sustentação do governador Blairo Maggi teria pedido cópia para uma análise mais profunda.

O governador Blairo Maggi, que não confirmou os entendimentos com o deputado Welinton Fagundes mas esteve nos últimos dias acompanhado do mesmo em eventos oficiais e viagem ao interior, assegurou para assessores próximos que a candidatura do liberal seria importante agora e no futuro, vislumbrando a sucessão municipal de 2008 em Rondonópolis, seu reduto eleitoral e do deputado federal que disputou as eleições de 2004 contra o atual prefeito e compadre do governador, Adilton Sachetti (PPS).

Fora isso, o governo do Estado tem hoje um obstáculo a ser vencido, a candidatura do deputado estadual do PMDB, José Carlos do Pátio, outro que concorreu à sucessão municipal de 2004 em Rondonópolis e que lidera com folga as atuais pesquisas de intenção de votos na cidade do governador do Estado. “Pátio e Fagundes juntos tiveram mais de 65% dos votos em Rondonópolis. Se o deputado federal somar com o PPS, o quadro sucessório pode se inverter”, disse uma alta fonte do Palácio Paiaguás.

Outro fator que preocupa é a posição do PFL, que tem na candidatura do ex-governador Jaime Campos seu carro-chefe. Aliado do PPS desde 2002, o PFL, que está próximo do PSDB em nível nacional e mais próximo de Maggi em Mato Grosso, pode ficar impedido de coligar com o PPS, o que dificultaria um entendimento amplo, além de possibilitar que os liberais e os tucanos formalizem um entendimento que representasse dificuldades para o projeto de reeleição de Blairo Maggi.





Fonte: Diário de Cuiabá

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