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Cidades/Geral
Quinta - 04 de Maio de 2006 às 15:20

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A Polícia Federal confirmou a prisão de 40 pessoas, entre políticos e funcionários da Câmara dos Deputados e do Ministério da Saúde, bem como o cumprimento de 35 mandados e busca, no âmbito da "Operação Sanguessuga". Dois ex-deputados federais já foram presos: Ronivon Santiago (PP-AC), detido em Cuiabá (MT) e Carlos Rodrigues (PL-RJ), que se apresentou à PF.

No caso de Rodrigues, ele se apresentou à superintendência da PF. Como havia um mandado de prisão contra ele, a PF considera que o mandado foi cumprido e ele permanecerá preso.

Ronivon foi cassado no final do ano passado. Ele teve a perda de mandato decretada pela Justiça por crime eleitoral cometido em 2002, mas permanecia na Câmara devido a manobras judiciais.

Já Rodrigues renunciou em setembro do ano passado ao seu mandato após enfrentar acusações de ser um dos beneficiários do "mensalão".

Entre os presos, também estão assessores do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) e dos deputados federais Laura Carneiro (PFL-RJ) e João Mendes de Jesus (PSB-RJ), segundo informações da Polícia Federal.

A assessoria da PF informou que vai investigar os parlamentares que tiveram assessores presos, já que alguns deles assinaram as emendas que deram origem às fraudes.

Fraudes em licitações

A operação da PF tem por objetivo desarticular uma quadrilha que agia desde 2001, sendo acusada de crimes contra a ordem tributária e na área de saúde. A PF cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão nos Estados do Acre, Amapá, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

Trata-se de um esquema montado para aquisição fraudulenta de ambulâncias, a partir da apresentação de emendas parlamentares no Congresso.

Segundo a PF, deputados apresentavam emendas parlamentares para compra de ambulâncias. No Ministério da Saúde, funcionários facilitavam a liberação de recursos para municípios. Nas prefeituras, a licitação era dispensada e a compra dos veículos era fraudada, com desvio de recursos e o beneficiamento de uma empresa, da qual o dono foi preso hoje em Brasília.

O esquema envolvia empresas fantasmas, para driblar as exigências de um número mínimo de participantes nas licitações públicas para compra das ambulâncias. Segundo a PF, a investigação foi baseada em auditorias da Receita Federal e documentos do Ministério Público e CGU (Controladoria Geral da União).





Fonte: 24 Horas News

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