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Quinta - 24 de Janeiro de 2013 às 19:42

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A Justiça Federal determinou o bloqueio e o sequestro dos bens do ex-prefeito de Duque de Caxias José Camilo Zito, do PP, e de outras 20 pessoas, além de três empresas que estariam envolvidas em esquema de desvio de verbas de cinco postos e de um hospital da cidade, como mostrou o RJTV nesta quinta-feira (24). Segundo o Ministério Público Federal, o desvio pode chegar a mais de R$ 700 milhões. Para os ministérios Públicos Estadual e Federal, Zito é um dos principais responsáveis pelos problemas na saúde de Caxias.

Na decisão, o juiz Osair Vitor Júnior, da 1ª Vara Federal de Caxias, também autorizou que a Polícia Federal apreendesse documentos na casa de Zito e nas de outros quatro acusados. Na época, os investigadores precisaram da ajuda de um chaveiro para entrar na mansão de Zito, que estava vazia. Bombeiros também chegaram a ser acionados para imobilizar dois cachorros.

De acordo com as investigações, o esquema começou em 2009 e funcionava com a contratação de duas Organizações Sociais de Interesse Público para a gestão de seis unidades de saúde de Caxias. A Associação Marca e o IGEPP, atual nome do Instituto Informare, subcontratavam, de acordo com o Ministério Público, de maneira irregular, a ONG Salute Sociale para prestar os serviços.

A Marca, o IGEPP e a Salute Sociale, segundo os MPs, operavam um esquema fraudulento com o intuito de desviar recursos públicos. Para atingir o objetivo, elas agiram como organizações de aluguel que atuam como fachada. A Prefeitura pagou à Marca, por exemplo, de acordo com o Ministério Público Federal, mais de 9,5 milhões de reais para instalar um escritório na cidade. A quantia seria suficiente para comprar um prédio inteiro no Centro de Caxias.

Em nota, o MP do Estado ainda ressaltou que, na maioria das vezes, as firmas não prestavam qualquer serviço. Limitavam-se a entregar notas fiscais para inchar a prestação de contas ao poder público. Elas foram contratadas por Danilo Gomes, então Secretário de saúde de Caxias, também alvo da ação dos MPs, com conhecimento de Zito.

Todas as três empresas seriam ligadas ao empresário Tufi Soares Meres, apontado como o chefe do esquema. Ele também é investigado por desvios na saúde de Natal, no Rio Grande do Norte.

Veja lista dos suspeitos de desvio de verbas, denunciados pelo Ministério Público:

Amadeu Augusto de Azevedo Morel
Antônio Carlos de Oliveira Júnior
Antônio Carlos Palma Martins
Barbara Barrocas
Carolinne Oliveira de Andrade
Danilo Gomes
Débora Vieira de Oliveira Gagno
Fabrício Gaspar Rodrigues
Flávia Azevedo Nunes
Francisco Alves Rangel Filho
Jânia Maria Lacerda Ferreira
Jeferson Teixeira Terra
José Camilo dos Santos Filho
Lidia Zimbardi
Mônica Simões de Araújo
Osmar de Oliveira Silva
Paula Martins Porto
Rosimar Gomes Bravo e Oliveira
Sergio Ricardo Simões de Faria
Tatiane Pina Cabral Condessa Madureira
Tufi Soares Meres






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