Maggi acredita que mobilização chegará ao País em poucos dias

Diante da maior crise da economia mato-grossense dos últimos anos, o governador Blairo Maggi voltou a criticar duramente a política cambial do governo do presidente Lula (PT) e apontou que a situação pré-falimentar não se encontra apenas no agronegócio, mas também na indústria e no comércio. “Onde está a estabilidade econômica que ninguém vê?”, pergunta o chefe do poder Executivo.

“Desde o ano passado eu venho expondo e falando da crise financeira do setor agropecuário, agora a crise vem sendo exteriorizada”, exclama Maggi, exortando o movimento dos produtores rurais mato-grossenses intitulado Grito do Ipiranga. Para Maggi somente a independência do setor pode mudar essa situação de crise. O governador disse que não existe mais renda no campo.

O governador de Mato Grosso explica que a crise está nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande de Sul. “Vai atingir a todo o Brasil, pois a indústria está fragilizada, o comércio e o setor produtivo também. Ou se toma uma providência agora ou as conseqüências serão maiores ainda”, avisa Blairo Maggi.

“O Brasil está de bem com os bancos, os demais setores da economia se encontram em estado pré-falimentar por causa da perversa política cambial que vem sendo mantida há vários anos para satisfazer as necessidades do governo Federal de superávit em suas contas públicas”, dispara Maggi. Ele acredita que o movimento dos ruralistas vai atingir todo o Estado e o Brasil em poucos dias.

O governador defendeu um estudo criterioso das autoridades para a apresentação de soluções que se tardarem, a vir poderão representar um colapso na economia brasileira com conseqüências ainda maiores do que as já vividas até o momento.

Para este ano, Maggi acredita numa redução significativa da safra agrícola, mas este fato ele já considera como consolidado. “Minha preocupação é com os próximos anos que se não tiver uma solução podem aprofundar ainda mais a crise no setor agrícola e consequentemente na economia nacional”, assegura o também produtor rural, Blairo Maggi. (Veja mais sobre as manifestações na página C3)