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Agronegócios
Terça - 02 de Maio de 2006 às 17:35

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As entidades ligadas à cadeia da pecuária em Mato Grosso esperam recuperar o status de área livre de febre aftosa com vacinação, que será avaliada pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) em julho deste ano, após a visita da comissão Européia ao país.

As ações para o teste de sorologia, que poderá comprovar a ausência do vírus no Estado, foram divulgadas pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), nesta terça-feira (02.05), durante o lançamento da segunda etapa de vacinação contra a doença no Estado.

O presidente Indea, Décio Coutinho, informou que a OIE, organismo internacional que faz a avaliação e o reconhecimento dos países livres de febre aftosa, confirmou uma nova avaliação do circuito pecuário do Centro-Oeste que compreenderá os Estados de MT, Goiás, Tocantins, parte de Minas Gerais e o Distrito Federal.

Em Mato Grosso, o monitoramento sorológico, testes que poderão revalidar a inexistência do vírus, será realizado no mês de junho. “Tivemos a primeira etapa de vacinação no Estado no mês de fevereiro, com animais de 0 a 12 meses. Então, os testes com estes animais só podem ser feitos 120 duas após a última vacinação”, explicou o presidente do Indea, Décio Coutinho.

Atualmente, as exportações da carne brasileira estão embargadas para 46 países por causa da constatação de focos de febre aftosa nos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Entre os países que restringiram as importações da carne brasileira estão Rússia e Chile, principais consumidores da carne matogrossense.

Sorologia

O teste sorológico será feito pelo Indea em 125 propriedades rurais de 34 municípios de MT. “A OIE abriu a possibilidade do retorno do Estado como livre de febre aftosa com vacinação. Então, estes testes de sorologia poderão comprovar a ausência da atividade viral em Mato Grosso e readquirirmos este status em nível internacional”, informou Coutinho.

De acordo com o presidente do Indea, o primeiro critério para realização do teste foi a definição dos municípios considerados em situação de risco. Os municípios selecionados são aqueles localizados em região de fronteira com a Bolívia, com outros estados que ainda não tem o programa implantado; cidades que tem aglomerações de animais, com reservas indígenas e assentamentos rurais.

Depois de definidas as 34 cidades, dentro delas foram selecionadas as propriedades consideradas de risco, são fazendas que receberam animais até 60 dias antes da comunicação dos focos da doença nos Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná; com grande comercialização de animais; próximas de aglomerações de animais (parque de exposições, recintos de leilões, terminais rodoviários, aeroportos), assentamentos rurais e propriedades rurais que estão na região de fronteira com outros países. “Destas propriedades selecionamos 125”, informou o presidente do Indea.

Após a realização da sorologia em junho, no mês seguinte, integrantes da Missão Européia estarão no Brasil para avaliar a situação dos Estados embargados. Ainda não foi informado aos órgãos de defesa sanitária do país em quanto tempo se terá o retorno da avaliação. “O Brasil apresentará os números dos Estados de MT, GO, TO, parte de MG E DF, o comitê da OIE vai avaliar isso e retornar a condição ou não de livre de febre aftosa com vacinação desse bloco”, informou Coutinho.

Prejuízo

A estimativa do Fundo Estadual Emergencial da Febre Aftosa (Fefa) é de que Mato Grosso já tenha perdido cerca de R$ 1 bilhão com o embargo às exportações da carne matogrossense. Num período de 1 ano, de outubro do ano passado até outubro de 2006 esse prejuízo poderá chegar a R$ 2 bilhões, segundo informou o vice-presidente do Fefa, Luiz Carlos Meister.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Cloves Vettorato, informou que o Estado, junto com o Ministério da Agricultura e pecuarista está buscando realizar todas as ações de prevenção e controle para que Mato Grosso continue sendo considerado livre de febre aftosa com vacinação. “O Indea está fazendo esta sorologia, junto com o Ministério da Agricultura para fazer uma vigilância mais de perto dos municípios que oferecem mais risco, visando a habilitação na OIE”, informou.

O superintendente federal de Agricultura em Mato Grosso, Paulo Bilego, também disse estar confiante na avaliação positiva que deverá ser feita pela Missão Européia em julho no Estado.





Fonte: Da Secom

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