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Cultura
Terça - 02 de Maio de 2006 às 14:01

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O Instituto Memória da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, em conjunto com a Secretaria de Comunicação da Casa, lança no próximo dia 4 de maio o evento “Arne Sucksdorff”. Uma exposição de fotos e apresentação do documentário “Arne Sucksdorff: Uma vida documentando a vida” sobre o cineasta sueco que viveu 30 anos em Mato Grosso e, quando morreu, em Stocolmo, teve suas cinzas trazidas para o Brasil e jogadas sobre o Pantanal mato-grossense. Em 4 de maio deste ano a morte de Sucksdorff completa cinco anos. No dia 03 de maio, às 16 horas os organizadores do evento concedem entrevista coletiva, no Auditório I da Casa.

Segundo a secretária do Instituto Memória, Isis Catarina, o evento é uma reverência da Assembléia à história do cineasta que levou a vida e os problemas do Pantanal para o mundo inteiro. “Ele divulgou para o mundo a vida do homem pantaneiro”, frisa. Isis destaca que o documentário será exibido somente na abertura do evento, às 16 horas, no auditório I, no dia 4. Já a exposição de fotos, que retrata os bastidores das filmagens do documentário, permanece no saguão de entrada da Assembléia até o dia 10 de maio.

A diretora do documentário, Bárbara Fontes, passou 10 anos pesquisando a vida de Sucksdorff. Por meio de patrocínio conseguido pela Lei Hermes de Abreu, de incentivo à cultura, ela concretizou o projeto em 2001, quando fez as filmagens na Suécia, Rio de Janeiro, Cuiabá, Pantanal e Poconé. Uma semana depois de encerrado o trabalho, o cineasta morreu em Stocolmo, de enfisema pulmonar, onde já estava doente há algum tempo. “A mulher dele, dona Maria, me ligou e disse que o último pedido de Arne foi ser cremado e ter as cinzas jogadas no Pantanal. Será a última imagem de seu documentário, me disse ela”, conta Bárbara.

Arne Sucksdorff chegou ao Brasil na década de 60. Ficou um período no Rio de Janeiro e quando veio conhecer o Pantanal se apaixonou pela região, onde passaria os próximos 30 anos de sua vida. Ele esteve em 56 acampamentos em várias partes do Pantanal, quando o Estado de Mato Grosso ainda era um só. Depois morou em Cuiabá por um período. Sua mulher, Maria Sucksdorff, é cuiabana. Eles tiveram dois filhos que hoje moram em Várzea Grande.

O cineasta foi o primeiro sueco a ganhar um Oscar, o prêmio maior do cinema mundial. Foi em 1945, com o curta Ritmos de uma cidade. Na Europa ele fez mais de 20 filmes e quando veio ao Brasil foi responsável por ministrar o primeiro curso de cinema do Rio de Janeiro. Sobre o Pantanal Sucksdorff fez uma série de quatro filmes.

Bárbara já mostrou sua exposição em Cuiabá, no ano passado, em um dos shoppings da Capital. No ano passado, a exposição também foi levada para Brasília.





Fonte: 24Horas News

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