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Politica Brasil
Sábado - 29 de Abril de 2006 às 11:32

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desconversou sobre uma possível aliança entre o PT e o PMDB nas eleições de outubro. A ala governista do PMDB quer derrubar a candidatura própria na convenção de 13 de maio. Mas a ala do ex-governador Anthony Garotinho, pré-candidato do partido, quer decidir o assunto na convenção de 10 de junho.

"Nós vamos ter que, com muita paciência, esperar o que vai acontecer no mês de junho. No mês de junho é que o quadro político vai estar definido, as alianças vão estar definidas e aí sim você tem que tomar as decisões que tem que tomar", disse ele hoje em São Paulo após participar do Feirão da Caixa. "Até lá, o meu papel é viajar pelo Brasil, é inaugurar as obras que nós começamos a construir e governar o Brasil."

Ele também não evitou responder se espera ter Garotinho em seu palanque. "Eu não espero nada. Eu não faço acordo com pessoas, eu faço acordo com partidos políticos. Se o PT decidir fazer acordo com o PMDB, com o PSB, PC do B, PL, PC, é com essas pessoas que nós vamos fazer a campanha, mas isso depende do partido."

Lula afirmou que define se sai candidato somente no prazo-limite, que é 30 de junho. Mas disse que o PT não pode ficar parado esperando por ele. "O PT não pode ficar esperando eu me decidir, o PT tem que trabalhar, tem que costurar as alianças, tem que conversar com os outros partidos políticos. Enquanto o PT faz as articulações políticas, eu vou continuar fazendo o que eu estou fazendo: trabalhando."

Ele também não quis comentar o Encontro do PT, que começa hoje. "Eu não conheço a pauta do encontro ainda."

Lula admitiu que espera que o PT "esteja consciente de que ele vai entrar numa disputa eleitoral". "Que nós precisamos construir uma política de alianças com todos os Estados e que precisamos minimizar as disputas internas e enaltecer as disputas externas."

Mesmo afirmando que ainda não decidiu se vai sair candidato à reeleição, Lula disse que uma eventual campanha não será prejudicada pela saída dos coordenadores de 2002, como os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci. "Esse não é o problema porque teve muita gente que coordenou as minhas campanhas. Quem vai coordenar a campanha, se eu decidir ser candidato, é o presidente do partido", disse ele se referindo ao deputado Ricardo Berzoini (SP).

Sobre a disputa em São Paulo, onde o PT tem dois pré-candidatos ao governo --a ex-prefeita Marta Suplicy e o senador Aloizio Mercadante--, Lula disse que a prévia "é um instrumento democrático" para escolher o nome do candidato.

Lula não quis dizer quem é seu candidato para o governo de São Paulo. "Eu tenho candidato, mas como o voto é secreto."





Fonte: 24HorasNews

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