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Índios inspiram exposição
Fotografias em óleo sobre tela. Esta é a sensação transmitida pela artista plástica Odete Venâncio na mostra individual Todo Dia é Dia de Índio, que fica aberta até o dia 15 de maio na Galeria N"Arts. Os traços e cores vão ganhando forma nas pinceladas da artista, que escolheu os Parecis e outros povos do Xingu para se inspirar. São ao todo 22 telas em exposição.
A individual retrata o cotidiano indígena desde o nascimento até a vida adulta, além de conter elementos indispensáveis à vida dos primeiros povos que habitaram o Brasil como os pássaros. "Os índios usam muito as penas dessas aves (arara azul e papagaio) para fazer os artefatos e a intenção era mostrar o cotidiano deles". Odete explica que esta é uma maneira de homenagear os índios. "O mês de abril é o mês dos índios. Aproveitei a data para fazer a exposição".
O dia-a-dia dos povos também é percebido nos cenários escolhidos pela artista. Em uma das obras ela demonstra o momento da pesca. Em outra o trabalho artesanal ganha destaque, onde um nativo produz um cocar. A ingenuidade da nudez é trabalhada de forma ímpar por Odete, que faz uma abordagem leve, serena e totalmente artística, tanto no quadro de um menino quanto na tela de uma índia já na mocidade que posa com os seios de fora.
Oscar D"Ambrósio, mestre em artes visuais, comenta que os índios de Odete têm rostos de uma intensidade peculiar. "Ao criar cada um deles, parte da cultura local surge com toda força. A habilidade da artista no ato de estabelecer plasticamente cada imagem oferece uma possibilidade de conhecer um pouco mais, não só da cultura, mas também no modo de pensar de cidadãos tão importantes para a história nacional e tão maltratados historicamente".
Odete explica que se baseou em pesquisas e leitura para pintar seus índios e comenta que sempre gostou muito de trabalhar o tema. Mas nem só de estudos surgem os personagens de Odete. Logo na entrada da exposição a tela de um índio sério, emoldurado por um cocar legítimo de penas de arara azul, mostra a criatividade da artista que confessa ter "tirado" o índio da própria imaginação. "Pensei em um índio da época do Descobrimento do Brasil. Este quadro participou de um concurso em homenagem ao aniversário de 500 anos do país".
Deixando a imaginação, a artista volta à realidade e trabalha a figura de um índio que conheceu em Campo Novos dos Parecis, onde ministrou um curso de artes. "A pedra ao lado dele também é símbolo da região. Ele foi escolhido por ser o chefe da tribo".
Vida - São 18 anos de envolvimento com o mundo das artes e 20 de morada em Cuiabá. Paulista, nascida na cidade de Presidente Venceslau, Odete relembra que desde criança teve facilidade quando o assunto era arte, mas a paixão veio mesmo quando trabalhava na antiga Sanemat. "Um amigo mostrou uns trabalhos e me interessei. Fui atrás das tintas e acabei me apaixonando pelo trabalho".
Ambrósio destaca que Odete Venâncio, além de pintora de todos os estilos - desde o acadêmico ao contemporâneo -, atua também como escultora, poeta e trabalha com artesanato. Atualmente, Odete desenvolve trabalhos paralelos. Ela é membro do Conselho Municipal de Cultura, secretária da Associação Cuiabana de Artes e diretora da Federal das Entidades de Cultura de Mato Grosso (Fecmat).
Serviço - A mostra individual pode ser visitada de segunda a sexta-feira em horário comercial. Aos sábados e domingos é necessário agendamento. A N"Arts fica na Candido Mariano, 764, centro.
A individual retrata o cotidiano indígena desde o nascimento até a vida adulta, além de conter elementos indispensáveis à vida dos primeiros povos que habitaram o Brasil como os pássaros. "Os índios usam muito as penas dessas aves (arara azul e papagaio) para fazer os artefatos e a intenção era mostrar o cotidiano deles". Odete explica que esta é uma maneira de homenagear os índios. "O mês de abril é o mês dos índios. Aproveitei a data para fazer a exposição".
O dia-a-dia dos povos também é percebido nos cenários escolhidos pela artista. Em uma das obras ela demonstra o momento da pesca. Em outra o trabalho artesanal ganha destaque, onde um nativo produz um cocar. A ingenuidade da nudez é trabalhada de forma ímpar por Odete, que faz uma abordagem leve, serena e totalmente artística, tanto no quadro de um menino quanto na tela de uma índia já na mocidade que posa com os seios de fora.
Oscar D"Ambrósio, mestre em artes visuais, comenta que os índios de Odete têm rostos de uma intensidade peculiar. "Ao criar cada um deles, parte da cultura local surge com toda força. A habilidade da artista no ato de estabelecer plasticamente cada imagem oferece uma possibilidade de conhecer um pouco mais, não só da cultura, mas também no modo de pensar de cidadãos tão importantes para a história nacional e tão maltratados historicamente".
Odete explica que se baseou em pesquisas e leitura para pintar seus índios e comenta que sempre gostou muito de trabalhar o tema. Mas nem só de estudos surgem os personagens de Odete. Logo na entrada da exposição a tela de um índio sério, emoldurado por um cocar legítimo de penas de arara azul, mostra a criatividade da artista que confessa ter "tirado" o índio da própria imaginação. "Pensei em um índio da época do Descobrimento do Brasil. Este quadro participou de um concurso em homenagem ao aniversário de 500 anos do país".
Deixando a imaginação, a artista volta à realidade e trabalha a figura de um índio que conheceu em Campo Novos dos Parecis, onde ministrou um curso de artes. "A pedra ao lado dele também é símbolo da região. Ele foi escolhido por ser o chefe da tribo".
Vida - São 18 anos de envolvimento com o mundo das artes e 20 de morada em Cuiabá. Paulista, nascida na cidade de Presidente Venceslau, Odete relembra que desde criança teve facilidade quando o assunto era arte, mas a paixão veio mesmo quando trabalhava na antiga Sanemat. "Um amigo mostrou uns trabalhos e me interessei. Fui atrás das tintas e acabei me apaixonando pelo trabalho".
Ambrósio destaca que Odete Venâncio, além de pintora de todos os estilos - desde o acadêmico ao contemporâneo -, atua também como escultora, poeta e trabalha com artesanato. Atualmente, Odete desenvolve trabalhos paralelos. Ela é membro do Conselho Municipal de Cultura, secretária da Associação Cuiabana de Artes e diretora da Federal das Entidades de Cultura de Mato Grosso (Fecmat).
Serviço - A mostra individual pode ser visitada de segunda a sexta-feira em horário comercial. Aos sábados e domingos é necessário agendamento. A N"Arts fica na Candido Mariano, 764, centro.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/304047/visualizar/
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