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Politica Brasil
Sexta - 28 de Abril de 2006 às 23:50
Por: Angela Lacerda

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RECIFE - O pré-candidato à Presidência da República, Anthony Garotinho (PMDB), disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era "covarde" e "hipócrita" por tentar se manter distante das denúncias contra o seu governo. Ele recebeu hoje o título de cidadão pernambucano, na Assembléia Legislativa, no Recife.

"Eu poderia fazer como o Lula fez, dizer eu não sabia. Só que eu sou homem, não sou covarde", afirmou ao garantir que não procede nenhuma das supostas irregularidades na arrecadação de recursos para a sua pré-campanha, no Rio de Janeiro.

Ele fez sua defesa em entrevista e em discurso e garantiu que não desistirá da candidatura. "Não serão as ameaças dos bancos ou a chantagem das Organizações Globo que me farão desistir", disse. "Vou até o fim".

Garotinho afirmou que a decisão de devolver os R$ 650 mil arrecadados para sua pré-campanha deve-se a uma questão puramente ética, já que - segundo ele - o processo foi regular, legal e colocado na Internet para a população acompanhar. Há suspeita que as contribuições à sua pré-campanha foram feitas por empresas de fachada.

Ele instigou o presidente Lula a fazer o mesmo. "Eu queria que o Lula seguisse o meu exemplo e dissesse ´meu filho (Lulinha), devolve aqueles R$ 10 milhões da Telemar que você não podia ter recebido´. Gostaria que ele ligasse para José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil) e dissesse ´Zé, devolve os milhões arrecadados para comprar deputados, fica chato esse negócio de ficar comprando deputado com dinheiro do governo". "Essas pessoas (o presidente, seu filho e José Dirceu) são hipócritas". "Eu não, comigo é sim, sim, não, não. Sou transparente. Não sou ladrão".

"Não há irregularidades, o que há é uma tentativa de me desmoralizar porque já sabem que nas pesquisas de bastidores já ultrapassei Geraldo Alckmin (candidato do PSDB à presidência da República), o que há é perseguição, uma preocupação grande das Organizações Globo, que defende o sistema financeiro contra o qual tenho me batido".

Segundo ele, a primeira denúncia foi a de que as firmas doadoras não existiam. "Elas não eram de fachada, eram firmas que abrem seus escritórios onde a carga tributária é menor e prestam serviços em outras cidades, então quando viram existiam, passaram a dizer que o dono de uma delas era assaltante", afirmou.

"Foi demonstrado que a firma foi vendida a um rapaz honesto, daí vieram dizer que as firmas têm proprietários que têm outras firmas que trabalham no Governo. Elas trabalham honestamente, tudo isto é perseguição".

Em entrevista, Garotinho se esquivou de responder se haverá uma revisão dos contratos sem licitação feitos com empresas envolvidas nas doações pelo governo carioca, limitando-se a dizer "tudo está dentro da lei".





Fonte: Agência Estado

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