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Politica Brasil
Sexta - 28 de Abril de 2006 às 22:15

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Na inauguração de um centro de distribuição das Casas Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou nesta sexta-feira o desejo de que o país seja "feliz" como a empresa, que prevê contratar 10 mil pessoas este ano.

"Queria que o Brasil fosse como as Casas Bahia, todo mundo feliz. E embora não seja o presidente das Casas Bahia, mas presidente do Brasil, tenho que agradecer esta parceria que o senhor tem feito com a parte pobre da população", afirmou Lula durante discurso ao fundador da empresa criada na década de 70, Samuel Klein.



O nome "Casas Bahia" foi escolhido por Klein para homenagear os imigrantes nordestinos que haviam se deslocado para São Paulo em busca de trabalho na indústria automobilística.

Uma das maiores empresas brasileiras do mercado varejista de utensílios domésticos para pessoas de baixa renda por meio de crediários e prestações de longo prazo, a empresa tem quase 60 mil funcionários e pretende faturar neste ano 13,5 bilhões de reais.

Empolgado, Lula enfatizou que governa o país com a mesma lógica da atuação das Casas Bahia.

"A minha concepção de tratamento deste país é a concepção que o senhor teve de estabelecer a sua parceria com a parte pobre da população", afirmou dirigindo-se mais uma vez a Samuel Klein.

"Como é que as Casas Bahia dão tanto crédito para a parte mais pobre da população sem fazer 10 por cento das exigências que outros fazem e consegue crescer tanto quanto cresceu e ter a pouca inadimplência que tem", comentou. v Lula exaltou a política de microcrédito implementada em seu governo e rasgou elogios à empresa, chegando a dizer que a primeira dama Marisa Letícia o chamava muitas vezes a fazer compras nas Casas Bahia.

"Ela adorava uma prestaçãozinha", brincou Lula voltando-se para a esposa, vestida com uma camiseta do Brasil.

Ao sair do evento, Lula parou por mais de meia-hora para cumprimentar as cerca de 200 pessoas do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, de onde foi líder na década de 70.

Com bandeiras e gritos de guerra da campanha de 2002 à Presidência da República, os sindicalistas se empurravam para abraçar Lula e repetiam em coro "Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula".

A jornalistas, o presidente assegurou não estar em campanha eleitoral.





Fonte: Reuters

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