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Politica Brasil
Sexta - 28 de Abril de 2006 às 18:15

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SÃO PAULO - O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, classificou de "oportunismo" as inaugurações que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem realizando por todo o País. "Só falta (Lula) inaugurar placa (de rua)", ironizou o tucano, após se reunir por mais de uma hora, no início da tarde desta sexta-feira, com o pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra.

Para Alckmin, não há dúvidas de que Lula é candidato à reeleição. Apesar de o presidente da República ainda não ter declarado oficialmente esta intenção, o tucano considerou: "Mas é claro que ele é candidato, porque só faz campanha e discursos 24 horas por dia. E as tarefas de governo estão delegadas."

O pré-candidato do PSDB reconheceu que Lula está em vantagem nesta corrida presidencial, por conta da suposta campanha. E, apesar de dizer que está tranqüilo e que vai recuperar terreno, Alckmin desabafou: "Isto é uma coisa absurda."

A crítica foi feita especificamente à inauguração do centro de distribuição das Casas Bahia, em São Bernardo do Campo (SP), da qual o presidente participou nesta sexta-feira. O ex-governador paulista disse que as Casas Bahia só puderam fazer o empreendimento porque o seu governo conseguiu resolver o problema da invasão dos sem-terra no local há alguns anos. "Se dependesse do PT, ainda era um acampamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra)."

Alianças Depois de visitar Serra na casa do ex-prefeito, no bairro de Pinheiros, Alckmin reiterou o desejo de seu partido realizar a tríplice aliança nestas eleições, com as participações do PFL e do PMDB. Ele afirmou que continuará buscando o apoio dos peemedebistas, mas acredita que o vice em sua chapa sairá mesmo dos quadros do PFL.

Na sua avaliação, a questão das alianças deverá estar definida apenas no final de maio. "Vamos buscar um leque grande de alianças para trabalharmos pelo País."

O ex-governador de São Paulo não quis comentar as recentes críticas que vem recebendo do prefeito do Rio de Janeiro, o pefelista Cesar Maia. "É uma bobagem, não vou comentar. Sinto uma confiança recíproca do PFL e estou convencido de que teremos um resultado positivo", afirmou.

Encontro com Serra Alckmin classificou o encontro com Serra como positivo, disse que os dois trocaram experiências sobre campanhas eleitorais e falou que ouviu de Serra o seguinte conselho: "Campanha é assim mesmo, tem que agüentar até agosto, pois todo dia vão ficar falando que (você) não decola e que está atrás nas pesquisas. Tem que ter paciência."

O ex-governador negou também que exista alguma divergência interna entre ele e Serra. E refutou o comentário feito pelo presidente Lula, de que o ex-prefeito ainda poderia ser o candidato do PSDB à Presidência da República ainda nestas eleições. "Lula está muito soberbo. Está usando salto Luís XV, enquanto eu uso sandálias da humildade", comentou.

Apesar das afirmações, Serra não saiu de sua residência para falar com a imprensa e também não autorizou imagens da conversa dos dois. Alckmin insistiu que não existem arestas a serem aparadas nas relações internas de seu partido e que existe companheirismo entre todos. Ele disse que, na semana que vem, estará com Serra no interior do Estado e que o ex-prefeito se predispôs também a estar com ele em outros Estados.

Na quinta-feira, Alckmin estará com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), nas cidades de Uberaba e Belo Horizonte. Para o tucano, sua campanha ao Palácio do Planalto está indo muito bem. "Vejo a indignação da população, mas a coisa ainda está adormecida. Na hora em que a campanha começar, essa indignação vai ressurgir", afirmou.





Fonte: Agência Brasil

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