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Meio Ambiente
Quinta - 27 de Abril de 2006 às 16:47
Por: André Xavier

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O secretário de Estado de Planejamento, Yênes Magalhães, foi o primeiro palestrante da manhã desta quinta-feira (27.04) no ciclo de palestras do Seminário Estadual de Desenvolvimento Sustentável do Turismo, Geração de Emprego, Cultura e Meio Ambiente, na 13ª Festa Internacional do Pantanal.

Com o tema: “Desafios para o Turismo de Mato Grosso e as responsabilidades do Setor Público – Turismo Responsável” e falando para um público de pelo menos 50 pessoas, entre empresários do setor, estudantes e gestores municipais e estaduais, ele garantiu que, da mesma forma que acontece com os setores prioritários, como a Saúde, Educação, Infra-estrututura, Meio Ambiente e Segurança Pública, um dos setores que não sofrerá contingenciamento orçamentário é o do Turismo.

Segundo o secretário, ao contrário, a estratégia do Governo do Estado aponta o Turismo não só como uma prioridade, mas uma necessidade para Mato Grosso. “Nosso Estado é o que mais cresce no país, com uma taxa de 7,6 % e o que nós queremos é que esse nosso crescimento se transforme em desenvolvimento e para isso, com nossas potencialidades é preciso que se produza com conservação ambiental, até para atender às exigências do mercado externo”, observou.

Yênes salientou que o Governo do Estado tem uma nova visão em ralação à sua participação no desenvolvimento econômico. “O Estado tem feito o que a sociedade pede. Se a sociedade pede estradas, o Governo faz estradas, se pede casa popular, o Governo faz casa popular. Porém, o Governo não pode mais ser reativo, ele tem que ser pró-ativo. Ele não deve só ficar respondendo à demanda, tem que propor também”, argumentou.

O secretário defendeu a continuidade das políticas públicas como forma de alcançar metas de desenvolvimento econômico e humano que possibilitem geração de emprego e renda e ao mesmo tempo qualidade de vida. “O projeto MT + 20 que estamos começando a desenvolver tem esta orientação.

Tem como eixos básicos dessa estratégia três aspectos fundamentais: o social, com a melhoria da qualidade de vida do cidadão, infra-estrutura e ambiental, garantindo que este desenvolvimento se dê dentro dos padrões exigidos pelas convenções nacionais e internacionais relativas”, finalizou.

O estudante do 7º. Semestre de Turismo do Univag, Luiz Henrique Satoru Onitsuka afirmou que pretende trabalhar com o Turismo de Aventura. Segundo ele, a questão da infra-estrutura é fundamental para o incremento do Turismo em qualquer região. Para o estudante, o Ministério do Turismo vem trabalhando com roteiros prontos, onde as opções para o turista são sistematizadas. Sobre o futuro da profissão ele se diz otimista. Como exemplo ele cita a Pousada Jardim da Amazônia, em São José do Rio Claro (315 Km a Médio-Norte de Cuiabá).

“Para você ter idéia é uma pousada que fica há 16 Km da cidade e já recebeu só na alta temporada, de dezembro até o mês passado, 36 grupos de suecos. Muitas pessoas não conhecem essa pousada, mas ela é freqüentada principalmente por europeus. Por isso eu acho que o Turismo é um bom negócio, pois gera renda e empregos diretos e indiretos e tem capacidade de gerar mais se não fosse a falta de infra-estrutura na cidade que é pequena”, enfatizou.

Luiz Henrique lamentou o fato do município não poder oferecer mais produtos turísticos porque na sua opinião, demanda para isso existe. “Como não existem restaurantes, casas de diversão e outros atrativos na cidade os turistas ficam só na pousada”, comentou.

Na segunda palestra da manhã, o secretário-adjunto de Estado de Meio Ambiente, Luiz Henrique Chaves Daldegan falou sobre a relação do Turismo e Meio Ambiente. Segundo ele, é possível compatibilizar Turismo com preservação do Meio Ambiente. Ele defendeu as ações do Governo do Estado na área destacando que as políticas públicas devem ser voltadas para o fomento do turismo, porém, com a preocupação ambiental, até pela sobrevivência econômica da atividade.

Ele revelou que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente tem realizado um trabalho no sentido da municipalização das ações ambientais. “Hoje, nós estamos capacitando gestores ambientais de 57 Prefeituras do Estado. Esperamos que em breve, os licenciamentos sejam feitos nas próprias regiões que terão seus conselhos. A primeira Prefeitura a capacitar-se para isso será a de Campo Verde onde o processo está mais adiantado”, finalizou.





Fonte: Da Assessoria

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