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Politica Brasil
Quinta - 27 de Abril de 2006 às 07:16
Por: Marcos Lemos

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O eleitor não rejeita, contudo vê com estranheza a possibilidade do PFL se coligar com o PSDB, de quem foi adversário durante os últimos 16 anos em Mato Grosso, mas aliado político em nível nacional. Essa é uma das respostas que a pesquisa qualitativa do Instituto Vox Populi mostrou em seus resultados preliminares. Segundo o marqueteiro Paulo Leite, falando em nome do presidente do PFL, Jaime Campos, estes resultados foram apresentados na terça-feira passada e, dentro de mais alguns dias, um especialista do instituto vem a Mato Grosso para apresentar todos os resultados da pesquisa e para explicá-la a todos os partidários da sigla.

Coligados em nível nacional, PSDB, que tem a candidatura de Geraldo Alckmin para a presidência da República e cedeu ao PFL a indicação do candidato a vice-presidente, nunca se entenderam em Mato Grosso, pelo contrário, sempre foram ferrenhos adversários, mas compelidos pela verticalização (obrigatoriedade dos partidos nos estados de estarem coligados com os mesmos partidos em nível federal), passaram a discutir um projeto em conjunto, que poderá ser sepultado com o resultado da pesquisa Vox Populi, contratada pelo PFL, e uma contratada pelo PSDB.

Paulo Leite se limitou a dizer que o ex-governador e ex-prefeito Jaime Campos, que pleiteia a candidatura ao Senado Federal pelo PFL, é bem avaliado, mesmo depois de 25 anos de carreira pública. “Não se vê rejeição ao nome de Jaime Campos, que tem sua base eleitoral estabelecida e reconhecida pelo cidadão mato-grossense em cima da administração como governador do Estado entre 1991 e 1994 e nos três mandatos como prefeito de Várzea Grande, a segunda mais importante cidade do Estado”, explicou o marqueteiro.

No tocante a eventuais coligações, ele explicou que o eleitor está amadurecido em relação a possíveis alianças e as interpreta como parte do processo democrático, dentro do jogo eleitoral. “Ele enxerga como aceitável a união entre os partidos políticos, o que se tornou comum e corriqueiro em todas as últimas eleições desde que o País migrou do bipartidarismo para o pluripartidarismo”, frisou.

No entanto, quando a questão envolve antigos adversários, como o PFL e o PSDB, o eleitor estranha, mas não rejeita desde que exista uma justificativa boa e plausível. “O eleitor quer saber por que antigos adversários vão se unir, o que os leva a isso”, explicou Paulo Leite. “O eleitor hoje é mais preocupado com a coerência dos candidatos do que com possíveis coligações entre os partidos, cobrando propostas exeqüíveis, que possam ser realizadas e tragam algum benefício para a sociedade como um todo”, frisou o marqueteiro.

Paulo Leite disse ainda que enquanto a pesquisa não estiver totalmente concluída não há como ser apresentada para os pefelistas, mas isso deve acontecer nos próximos dias, para então ser analisada por técnicos do Vox Populi e para que os partidários decidam o rumo político do PFL em relação às eleições de outubro próximo.





Fonte: Diário de Cuiabá

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