Evento comemora os 110 anos do Arquivo Público de Mato Grosso

Uma solenidade realizada nesta terça-feira (25/04) comemorou os 110 anos de fundação do Arquivo Público de Mato Grosso, criado em 16 de abril de 1896. Durante a cerimônia, o secretário de Estado de Administração, Geraldo de Vitto Júnior, o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Prado, o superintendente do Arquivo, José Roberto Stopa e a historiadora Elizabeth Madureira, ressaltaram a importância da existência do órgão, as modificações pelas quais passou e a sua valorização.

“Um povo sem história é um povo sem memória. Sem conhecimento do passado não há como planejar o futuro. O Arquivo Público como está hoje é uma das grandes conquistas do governo Blairo Maggi. A preservação da memória é necessária para sabermos o quanto evoluímos e quanto ainda precisamos evoluir”, avaliou o secretário Geraldo de Vitto, ao falar sobre os 110 anos do Arquivo Público de Mato Grosso.

Para De Vitto, para quem viu a transformação do Arquivo Público é uma satisfação imensa vê-lo em instalações dignas. “Temos o privilégio de morar em um estado com grande história e que ainda não foi totalmente explorada”, salientou o secretário, que também agradeceu a todos os servidores que ajudaram a preservar todos os documentos do Arquivo Público até hoje.

O superintendente José Roberto Stopa agradeceu a todos os ex-superintendentes que ajudaram a fazer do Arquivo Público o que ele é hoje. “Todos somos parte dessa estrutura. Cada um de nós é um tijolo que ajudou na construção do Arquivo Público atual”, ressaltou Stopa. “Inúmeras pessoas já fizeram monografias e trabalhos de conclusão de cursos utilizando o material do Arquivo Público. Nós somos o que podemos dizer de guardiões de uma grande parcela dos documentos históricos que existem no estado”, salientou o superintendente.

“Fui criado nessa cidade, e entrar nesse prédio é uma emoção muito grande. É preciso que você conheça sua vida, sua cidade, seu passado, para firmar suas raízes no presente e manter o seu futuro, para saber o que realmente somos. Aqui no Arquivo Público podemos encontrar nossa história, que está muito bem guardada”, lembrou o procurador-geral de Justiça, Paulo Prado.

Melhorias

O agente instrumental Leonir Gonçalo da Silva, trabalha há 30 anos no Arquivo Público com documentos de folhas de pagamento das coletorias de Mato Grosso, sendo um dos funcionários mais antigos do órgão.

Silva procura dados funcionais para pessoas que necessitam das informações de tempo de serviço para pedir aposentadoria. Para ele, durante esse tempo em que trabalha no Arquivo Público o órgão mudou muito e para melhor. “Antigamente, os documentos eram todos amontoados no chão, tínhamos pouco espaço para trabalhar. Era ruim para trabalhar. Tínhamos dificuldade para selecionar os documentos para depois guardá-los nas estantes. Poucas pessoas faziam pesquisas. Depois de um ano que eu estava no Arquivo, as coisas foram melhorando, quando ainda estávamos na sede no Palácio, mas não foram suficientes. Hoje ainda existem dificuldades, mas nada comparado com o que era antigamente. Hoje isso aqui está muito bom. Depois que foi feita a mudança para cá – avenida Getúlio Vargas -, nossa situação melhorou muito”, concluiu Leonir.

Festividades

As comemorações contaram também com a abertura da exposição de fotos e documentos sobre o Arquivo Público. A exposição estará aberta ao público até sexta-feira (28/04), das 8h às 18h. Durante a cerimônia também foi realizada uma apresentação do grupo de terceira idade de danças folclóricas e contemporâneas “Amigos para Sempre”, do Sesc-Porto. Onze senhoras com idade entre 50 e 78 anos apresentaram um número de dança cigana e outro de siriri.