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Politica Brasil
Terça - 25 de Abril de 2006 às 13:55

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A lista dos investigados pela Procuradoria Geral da República nos supostos crimes levantados a partir da acusação de pagamento de mensalão pelo PT é muito maior do que as 40 pessoas denunciadas ao Supremo Tribunal Federal ou mesmo se nessa contabilidade for incluído uma suposta relação de 52 mensaleiros do PMDB a ser apurada.

O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, trabalha com cerca de 500 nomes sob investigação. A afirmação é do procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, que esteve ontem com Souza participando de um seminário promovido pela Ouvidoria de Polícia do Estado, em Belo Horizonte.

"O que o procurador-geral da República me informou é que ele está tomando providências com relação a todos esses fatos e que muita coisa será encaminhada ao Ministério Público de Minas Gerais. Estamos aguardando a comunicação, no tempo oportuno, do procurador-geral da República. O que ele me informou é que ainda havia cerca de 500 pessoas que estão dentro do processo de análise", afirmou.

A declaração de Soares Jr. foi feita após Souza ter retornado para Brasília. Na entrevista que concedeu antes de deixar Belo Horizonte, Souza não citou números.

Disse apenas que todos os fatos narrados pela imprensa estão sob investigação e que na segunda fase da investigação novas apurações estão sendo feitas.

"A segunda fase vai continuar na identificação de condutas que tenham conotação penal e sejam da atribuição do procurador-geral. As que não forem serão encaminhadas para as Procuradorias da República respectivas, e quem não foi denunciado, porque não está totalmente esclarecida a participação, pode ser na seqüência", disse Souza.

Isso significa que muitas outras pessoas que não têm foro privilegiado poderão ser denunciadas pelo Ministério Público Federal, não só em ações penais, mas também por responsabilidade civil.

Mas ele disse também que muitas pessoas que foram citadas e por isso são investigadas poderão ter os seus processos arquivados se nada de concreto for levantado contra elas.

Entre esses outros investigados, estão, por exemplo, pessoas e empresas envolvidas com as estatais citadas, caso dos Correios, e também um segundo inquérito que investiga fatos anteriores a 2003, como as relações de tucanos mineiros com o valerioduto. O empresário mineiro Marcos Valério de Souza é apontado como o operador do esquema.

Segundo Souza, os documentos da CPI dos Correios ainda não chegaram a ele, e as investigações serão aprofundadas também "com os elementos colhidos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal que ainda não foram integralmente avaliados".

A Folha solicitou à assessoria da PGR a confirmação da informação sobre os 500 investigados. Souza estava em reunião no início da noite e sua assessoria ficou de falar com ele após o término da reunião. Não houve resposta até o fechamento da edição.





Fonte: 24HorasNews

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