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Politica Brasil
Terça - 25 de Abril de 2006 às 13:39

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O registro de focos da febre aftosa em Mato Grosso Sul (MS), em novembro do ano passado, tem causado enormes prejuízos ao município de Rondolândia (distante 1.100 km de Cuiabá). Após a confirmação de focos da doença em MS, todo o gado de Rondolândia está vetado de entrar em Rondônia, estado onde o município de Mato Grosso fazia o abate do gado. A proibição do ingresso do gado da cidade em Rondônia é em decorrência de Mato Grosso ter pedido o título de área livre da febre aftosa, mesmo não tendo o registro de nenhum caso da doença. O Estado por fazer divisa com MS acabou sendo prejudicado.

Com esse quadro, os produtores de Rondolândia não têm para lugar para fazer o abate e nem para quem vender. É o que afirmam o secretário de Agricultura, Orlando Nunes Maciel, e o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, Alony Christian Eller. Eles procuraram o auxílio do deputado estadual Eliene Lima (PP) para que juntos sensibilizem o Governo de Mato Grosso, de Rondônia e o Ministério da Agricultura sobre a calamidade púbica que o município enfrenta.

Rondolândia, de acordo com o secretário e o presidente do conselho, dos 300 mil cabeças de gado registradas dispõe hoje de 100 mil cabeças prontas para o abate. “A situação é crítica. Nosso gado está dentro das normas exigidas de qualidade, a área é boa, mas mesmo assim estamos vetados, não só por Rondônia, como também pelos frigoríficos do nosso próprio Estado”, explica Aloni Eller.

Eller esclarece que alguns frigoríficos do Estado não aceitam fazer o abate do gado do município devido a distancia de Rondolândia. “Muitos declaram que a cidade está muito distante, e que para eles é mais vantajoso adquirir rebanhos que estão mais próximos”, comenta o secretário de Agricultura. Orlando Nunes Maciel destaca ainda que outros frigoríficos alegam que não compram o gado devido o alto valor do rebanho e o frete. A distância do transporte do gado até o abatedouro acabam encarecendo o valor final do produto. “No final não temos a quem recorrer. Nosso gado está lá e não temos o que fazer com ele. O comércio está parado e os prejuízos acumulando”, declara o secretário.

Para resolver o problema, a saída seria criar o corredor de abate, ligando Mato Grosso e Rondônia, seguindo o exemplo que existente entre Mato Grosso e Pará. Uma outra saída apontada pelos representantes seria a abertura de estrada ligando Rondolândia passando por Aripuanã até Juína, onde está o frigorífico mais próximo. Porém a MT-313 não oferece as mínimas condições. “Não há meios de chegarmos ao Sul de Mato Grosso sem passar por Rondônia. Não ha estradas ligando a cidade ao Estado, a não ser passando por Vilhena. Tanto a população quando o gado para chegar em qualquer cidade ao sul , leste ou oeste de Mato Grosso tem que passar por Rondônia, pela BR-364. Esatmos atados, sem poder vender para o nosso Estado vizinho e sem poder vender para os frigoríficos daqui”, finaliza.

Para intermediar essa situação e chamar atenção dos órgãos competentes, o deputado Eliene Lima, juntamente com o parlamentar José Riva (PP) irá fazer um pronunciamento na sessão ordinária hoje (25), às 17 horas.





Fonte: Da Assessoria

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