Maggi não interfere no Senado

O governador Blairo Maggi (PPS) afirmou ontem que não irá interferir na escolha do candidato governista ao Senado. Prometeu esperar que os aliados definam o impasse, mesmo se a discussão se estender até às vésperas das convenções partidárias de junho.

Após reunião com secretários de Estado no fim da tarde, Maggi comparou o impasse a uma gravidez. Disse que, se a indefinição persistir nos próximos meses, terá que ser feita uma operação para "arrancar" o filho até o mês de junho.

"Na questão do candidato ao Senado, eu não vou interferir. Não tenho nenhum nome, até porque essa missão tem que ser definida pelo grupo de partidos aliados. Eles que têm que resolver", afirmou Maggi, ao assegurar novamente que só irá assumir a escolha do candidato a vice-governador.

Mesmo tendo o empresário e primo Eraí Maggi (PDT) como pré-candidato ao Senado, Blairo voltou a negar preferência pelo aliado. Ponderou até que o pedetista está em desvantagem na disputa por causa do grau de parentesco.

Além de Eraí, os pepistas também alimentam esperanças de emplacar o candidato governista ao Senado na chapa de Maggi. A expectativa é mantida mesmo com a desistência do deputado Pedro Henry (PP). Não descarta também apoio o ex-prefeito Jaime Campos (PFL), apesar da verticalização distanciar a sigla do PPS de Blairo.

"É besteira querer que eu chegue e defina tudo. Não vou fazer isso. Vou fazer igual a uma gravidez: esperar o máximo possível. Depois, tem que tirar de qualquer jeito", completou. Pelo grupo de oposição, o senador Antero Paes de Barros (PSDB) e o petista Vicente Vuolo também mantêm pré-candidatura.

Vice - Na escolha do vice, o governador admitiu a possibilidade de optar por um correligionário do PPS. A prioridade, no entanto, é de que o futuro candidato seja oriundo da Baixada Cuiabana. A opção visa rebater as críticas da oposição de que o governo prioriza os municípios do interior.