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Politica Brasil
Segunda - 24 de Abril de 2006 às 07:02

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O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, disse que se eleito deverá promover mudanças na política de juros e no câmbio, que, segundo ele, vem prejudicando as exportações. Entrevistado no programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, ele salientou que a política monetária é dura porque o governo não tem feito a lição de casa na área fiscal.

"Hoje nós temos uma política fiscal frouxa, com aumentos de gastos correntes, aumento de impostos e, de outro lado, uma política monetária muito dura, com taxa de juros muito alta", criticou. Ele sustenta que a situação impede o País de crescer. "Eu terei uma política fiscal severa, melhorando a qualidade do gasto público - que é o que nós fizemos - reduzindo gastos correntes, fechando as torneiras todas do desperdício e recuperando a capacidade de investimento do governo".

"Assim, teremos uma política monetária mais condizente com o crescimento, com taxa de juros menor e o câmbio indo ao seu ponto de equilíbrio." Alckmin insistiu que a campanha só começa mesmo depois das convenções em junho e, principalmente, depois do horário eleitoral de rádio e televisão no mês de agosto. "Há certa ansiedade, mas esta é uma corrida de fundo e ainda falta meio ano para as eleições", enfatizou.

O tucano salientou que vai cumprir a legislação eleitoral e aproveitou para alfinetar o atual governo: "Será que ninguém aprendeu com o valerioduto, com as cassações, com o mensalão?". O ex-governador afirmou desconhecer que haja reclamações dentro do partido sobre a condução da campanha: "Engraçado, para mim ninguém fala nada", garantiu. "Tudo tem o seu tempo e esta vai ser uma campanha diferente."

Elites Alckmin criticou a estratégia petista de colocar Lula como o candidato "dos pobres" e o candidato do PSDB como o "dos ricos" e reclamou da falta de debate. "É uma estratégia errada porque não condiz com a realidade." O tucano voltou a falar no baixo crescimento do País, se comparado aos demais países emergentes. "Um País sem crescer e com a maior taxa de juros do mundo. Esse é um governo das elites."

Segundo o pré-candidato tucano, a reforma política será fundamental para viabilizar as outras reformas constitucionais e para que o próximo governo conquiste uma maioria estável. "Eu vou lutar muito para a reforma política, de cara, logo nos primeiros meses", referindo-se à fidelidade partidária.

"Com a cláusula de barreira, seis partidos e fidelidade partidária se tem uma estabilidade política fundamental para implementar um ambicioso programa de reformas."

Denúncias Sobre as denúncias que pesam contra ele, o ex-governador afirmou não ter medo de cara feia e que não aceita que a família fique fora das denúncias. "Ninguém está acima da lei", disse referindo-se às denúncias de que a primeira-dama Lu Alckmin teria recebido centenas de vestidos de um estilista. "As denúncias contra mim são ridículas", acentuou.

"Estou no governo há 12 anos, com R$ 85 bilhões de orçamento, um Estado do tamanho da Argentina e estão discutindo vestidos", minimizou. Ele reclamou que o presidente Lula não tem que responder sobre as denúncias contra ele. "Veja que no caso do governo Lula o presidente não diz uma palavra sobre a violação de sigilo do caseiro Francenildo Costa. É uma omissão total", ponderou. "Enquanto eu falo três vezes por dia com a imprensa."





Fonte: AE

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