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Politica Brasil
Sábado - 22 de Abril de 2006 às 13:24

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A Capitania dos Portos da Marinha do Brasil em Corumbá abriu três inquéritos administrativos para apurar as causas e circunstâncias dos três naufrágios com barcaças de uma mesma empresa de navegação do município nas águas do rio Paraguai em menos de uma semana. A Marinha tem até 90 dias para conclusão do processo e os resultados serão levados ao Tribunal Marítimo, localizado no Rio de Janeiro (RJ), onde, se forem constatadas irregularidades, a empresa responsável pelas barcaças sofrerá sanções inclusas na lei de segurança do tráfego aquaviário.

O primeiro naufrágio ocorreu no dia 12 de abril a 200 quilômetros rio acima, nas proximidades do Passo Amolar, com uma embarcação de 39 metros de comprimento e 9,5 metros de largura carregada com soja vinda de Cáceres (MT) e que tinha como destino Puerto Quijarro, na Bolívia. No dia 13, a 43 quilômetros de Corumbá, próximo da Volta Miguel Henriques, ocorreu outro afundamento com uma barcaça carregada de minério que fazia o itinerário Ladário (MS) a São Nicolas, na Argentina, sendo que a balsa ficou submersa a 13 metros.

Na terça-feira, por volta das 23h50, um novo incidente da mesma natureza aconteceu, só que desta vez quatro barcaças se soltaram de um comboio próximo à torre de captação de água, cais do porto de Corumbá, e ficaram à deriva. Uma lancha da Marinha responsável pela fiscalização permanente na hidrovia avistou as barcaças e acionou o serviço de resgate que contou com o apoio de um rebocador.

Elas foram refreadas cerca de 10 quilômetros do local de onde aconteceu o desligamento, próximo ao Porto de Ladário, por volta de uma hora de quarta-feira. O capitão de Fragata Santos Jorge Esperança Júnior, comandante da Capitania dos Portos, destaca que o acidente poderia ter sido pior se tivesse atingido os barcos que estavam ancorados no cais e a torre de captação de água da Sanesul. No mês de setembro do ano passado, incidente parecido ocorreu, quando um rebocador e 12 barcaças soltas quase colidiram com a torre de captação de água.

Nas duas primeiras ocorrências, segundo o capitão de Fragata, os técnicos da Marinha fizeram teste de poluição hídrica de hidrocarbonetos e nada foi constatado. Ainda conforme ele, tanto o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) quanto a Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos) foram notificados a respeito dos acidentes, sendo que em ambos os casos o local se encontra sinalizado com tambores cor laranja e com uma embarcação de apoio provendo a segurança.

Além disso, a empresa responsável pelo transporte já sinalizou para um plano de salvamento. Apesar de não obstruir a navegação, a Marinha emitiu aviso aos navegantes nesta semana recomendando que eles tenham atenção redobrada, em especial as embarcações que costumam passar próximo às margens, como voadeiras e embarcações de passageiros. A Capitania Fluvial do Pantanal é responsável pela fiscalização de 1.278 quilômetros do rio, que engloba a Hidrovia Paraguai-Paraná, de Cáceres até a divisa do Brasil com o Paraguai.





Fonte: 24Horas News

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