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Jacaré á alternativa para produtores do pantanal
A criação de jacaré tem se consolidado como uma alternativa a mais para as fazendas da planície pantaneira que, se bem administrada, é altamente lucrativa”, afirma o pesquisador da Embrapa Pantanal e coordenador nacional do programa “Biologia, Conservação e Manejo de Crocodilianos Brasileiros” do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Marcos Eduardo Coutinho. Ele fará a palestra “Tecnologia para a criação de jacaré do Pantanal” durante o Enipec 2006 (Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária), que acontece de 7 a 12 de maio em Cuiabá (MT).
A criação também tem agregado valor à terra e valorizado o ambiente natural pantaneiro com a utilização de uma espécie nativa que agora é trabalhada de forma planejada e com a finalidade de lucro. “É importante destacar que com a criação de jacaré o produtor passa a ter uma opção de negócio e de lucro a partir da criação racional de um produto nativo, do ambiente natural”, destaca o pesquisador.
Dados da Embrapa Pantanal demonstram que o Pantanal de Mato Grosso é hoje o maior produtor de jacaré do país com 51 fazendas investindo no negócio. O projeto mais recente foi desenvolvido pela Embrapa em Poconé e reúne um grupo de 29 fazendas.
Produção – O sistema de produção adotado pelas fazendas da planície pantaneira é denominado Ranching. Nele, a coleta de ovos é feita na natureza e a recria dos animais acontece em confinamento com acompanhamento e fiscalização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). A Embrapa também tem acompanhado e dado assistência aos projetos. Em Mato Grosso do Sul, uma fazenda já vem trabalhando com projeto de reprodução em cativeiro.
“As fazendas da planície pantaneira têm uma população natural vigorosa e a coleta é feita com todo o rigor. Os ovos ficam incubados e levados para as unidades de recria. Os jacarés são colocados em tanques, com metade água e metade terra”, explica Coutinho. O abate é feito num período de 15 a 24 meses. A portaria 126/1990 deu o suporte legal a esse tipo de manejo, regulamentando a implantação de criadouros comerciais da espécie Caiman yacare – jacaré do Pantanal, na Bacia do Rio Paraguai.
Pioneirismo - O município de Cáceres, localizado no sudoeste de Mato Grosso, tem hoje a cadeia produtiva de jacaré mais organizada do país. A região conta com 12 fazendas investindo na produção e um frigorífico específico para o abate. O frigorífico já possui o registro no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e está em vias de obter o registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) que abrirá as portas para o mercado externo. “Cáceres se tornará o município brasileiro pioneiro na exportação de carne de jacaré. Com certeza, podemos afirmar que hoje a cadeia produtiva mais organizada do país está em Mato Grosso”, comemora Marcos Coutinho.
Mercado - A comercialização dos produtos do jacaré – carne e pele – tem sido trabalhada a partir do conceito de bio-negócio, alavancado pela crescente demanda por produtos orgânicos e ecologicamente inteligentes. A idéia é desenvolver a cadeia produtiva do jacaré dentro dos mecanismos de conservação da natureza e, ao mesmo tempo, promovendo o desenvolvimento sócio-econômico no Pantanal.
O bio-negócio é um conceito ligado à venda de produtos que trabalham dentro de normas conservacionistas e que trabalham também dentro do conceito de produto orgânico, aquele produzido dentro de padrões rígidos sanitários e com a menor interferência possível de produtos tóxicos (para plantas) ou alopáticos (para animais).
O bio-negócio tem atraído substancialmente o produtor, principalmente por conta do grande interesse do mercado externo em relação aos produtos orgânicos. “A criação de jacaré se enquadra perfeitamente no bio-negócio, já que é um produto nativo e que tem o aval das entidades conservacionistas. Podemos afirmar que hoje o manejo do jacaré é tido como um dos principais exemplos de sucesso de conservação de animais. Isso é um consenso entre entidades governamentais ou não que trabalham com a questão ambiental”, afirma Coutinho.
Para o pesquisador da Embrapa, o compromisso assumido pelos criadores, principalmente em relação às questões ambientais e técnicas, merecem destaque. “É importante destacar que os atuais produtores, em função do compromisso assumido com a conservação, tem investido em tecnologia e melhorado tecnicamente, inclusive com forte capacitação de pessoal”, destaca.
Exportação – Em função do status de conservação das populações de jacaré do pantanal (C. yacare), a espécie está listada no apêndice II da CITES, que autoriza o comércio internacional. Com isso, os produtores estão conseguindo ganhar o mercado com o jacaré pantaneiro. As exportações estão com boas perspectivas e já há grandes negócios sendo realizados. Os primeiros grandes incentivos surgiram a partir de 2000, quando os Estados Unidos (hoje o maior comprador do couro de jacaré produzido no Brasil), deixaram de proibir a importação de peles do jacaré do pantanal. Até então, a compra era proibida sob a argumentação de que a espécie estava em risco de extinção.
O Brasil é hoje o segundo maior exportador de pele de jacaré do mundo. O primeiro é a Colômbia. A carne, no entanto, tem atendido basicamente o mercado interno porque só agora estão sendo providenciadas as credenciais para a exportação.
A criação também tem agregado valor à terra e valorizado o ambiente natural pantaneiro com a utilização de uma espécie nativa que agora é trabalhada de forma planejada e com a finalidade de lucro. “É importante destacar que com a criação de jacaré o produtor passa a ter uma opção de negócio e de lucro a partir da criação racional de um produto nativo, do ambiente natural”, destaca o pesquisador.
Dados da Embrapa Pantanal demonstram que o Pantanal de Mato Grosso é hoje o maior produtor de jacaré do país com 51 fazendas investindo no negócio. O projeto mais recente foi desenvolvido pela Embrapa em Poconé e reúne um grupo de 29 fazendas.
Produção – O sistema de produção adotado pelas fazendas da planície pantaneira é denominado Ranching. Nele, a coleta de ovos é feita na natureza e a recria dos animais acontece em confinamento com acompanhamento e fiscalização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). A Embrapa também tem acompanhado e dado assistência aos projetos. Em Mato Grosso do Sul, uma fazenda já vem trabalhando com projeto de reprodução em cativeiro.
“As fazendas da planície pantaneira têm uma população natural vigorosa e a coleta é feita com todo o rigor. Os ovos ficam incubados e levados para as unidades de recria. Os jacarés são colocados em tanques, com metade água e metade terra”, explica Coutinho. O abate é feito num período de 15 a 24 meses. A portaria 126/1990 deu o suporte legal a esse tipo de manejo, regulamentando a implantação de criadouros comerciais da espécie Caiman yacare – jacaré do Pantanal, na Bacia do Rio Paraguai.
Pioneirismo - O município de Cáceres, localizado no sudoeste de Mato Grosso, tem hoje a cadeia produtiva de jacaré mais organizada do país. A região conta com 12 fazendas investindo na produção e um frigorífico específico para o abate. O frigorífico já possui o registro no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e está em vias de obter o registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) que abrirá as portas para o mercado externo. “Cáceres se tornará o município brasileiro pioneiro na exportação de carne de jacaré. Com certeza, podemos afirmar que hoje a cadeia produtiva mais organizada do país está em Mato Grosso”, comemora Marcos Coutinho.
Mercado - A comercialização dos produtos do jacaré – carne e pele – tem sido trabalhada a partir do conceito de bio-negócio, alavancado pela crescente demanda por produtos orgânicos e ecologicamente inteligentes. A idéia é desenvolver a cadeia produtiva do jacaré dentro dos mecanismos de conservação da natureza e, ao mesmo tempo, promovendo o desenvolvimento sócio-econômico no Pantanal.
O bio-negócio é um conceito ligado à venda de produtos que trabalham dentro de normas conservacionistas e que trabalham também dentro do conceito de produto orgânico, aquele produzido dentro de padrões rígidos sanitários e com a menor interferência possível de produtos tóxicos (para plantas) ou alopáticos (para animais).
O bio-negócio tem atraído substancialmente o produtor, principalmente por conta do grande interesse do mercado externo em relação aos produtos orgânicos. “A criação de jacaré se enquadra perfeitamente no bio-negócio, já que é um produto nativo e que tem o aval das entidades conservacionistas. Podemos afirmar que hoje o manejo do jacaré é tido como um dos principais exemplos de sucesso de conservação de animais. Isso é um consenso entre entidades governamentais ou não que trabalham com a questão ambiental”, afirma Coutinho.
Para o pesquisador da Embrapa, o compromisso assumido pelos criadores, principalmente em relação às questões ambientais e técnicas, merecem destaque. “É importante destacar que os atuais produtores, em função do compromisso assumido com a conservação, tem investido em tecnologia e melhorado tecnicamente, inclusive com forte capacitação de pessoal”, destaca.
Exportação – Em função do status de conservação das populações de jacaré do pantanal (C. yacare), a espécie está listada no apêndice II da CITES, que autoriza o comércio internacional. Com isso, os produtores estão conseguindo ganhar o mercado com o jacaré pantaneiro. As exportações estão com boas perspectivas e já há grandes negócios sendo realizados. Os primeiros grandes incentivos surgiram a partir de 2000, quando os Estados Unidos (hoje o maior comprador do couro de jacaré produzido no Brasil), deixaram de proibir a importação de peles do jacaré do pantanal. Até então, a compra era proibida sob a argumentação de que a espécie estava em risco de extinção.
O Brasil é hoje o segundo maior exportador de pele de jacaré do mundo. O primeiro é a Colômbia. A carne, no entanto, tem atendido basicamente o mercado interno porque só agora estão sendo providenciadas as credenciais para a exportação.
Fonte:
Olhar Direto
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/305222/visualizar/
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