China: tempestades de areia reduziram qualidade do ar à metade
Desde o último dia 19, a areia cobriu uma área de quatro milhões de quilômetros quadrados (equivalente a quase a metade do território brasileiro), quatro vezes mais que no ano passado, e afetou 100 milhões de pessoas, segundo dados de um relatório da Administração Estatal de Proteção ao Meio Ambiente.
Os serviços meteorológicos prevêem outras duas tempestades para os próximos 10 dias, que atingirão novamente Pequim, a cidade portuária de Tianjin e parte das províncias e regiões da Mongólia Interior, Gansu, Ningxia, Shaanxi, Shanxi e Hebei, no árido norte chinês.
A China está sofrendo este ano as mais graves tempestades de areia em décadas, apesar das medidas tomadas pelo Governo para lutar contra a desertificação.
No entanto, Pequim defende sua política e argumenta que o agravamento do problema este ano se deveu a uma conjunção de fatores meteorológicos: o aumento das temperaturas, a seca prolongada e as fortes correntes de ar frio provenientes da Sibéria.
Enquanto o norte do país se prepara para novas tempestades de areia, a província de Jilin, no nordeste do país está registrando intensas nevascas, raras nesta época do ano, que atingiram 33 mil pessoas e causaram prejuízos de US$ 1,38 milhão.
No distrito de Yanbian, perto da fronteira com a Coréia do Norte, as nevascas deixaram uma camada de gelo de mais de 25 centímetros de altura, e cerca de 20 famílias desabrigadas.
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