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Politica Brasil
Quarta - 19 de Abril de 2006 às 16:20
Por: Sérgio Édison

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O vereador Santinho Salerno (PSDB), vice-presidente da Câmara de Vereadores de Sorriso, revelou com exclusividade a ClicHoje que deverá deixar a bancada de situação no Legislativo e, consequentemente, o grupo político que apóia a administração do prefeito Dilceu Rossato.

“Eu devo me afastar da grupo”, alerta. “Passarei a atuar de forma independente no Legislativo”, acrescenta.

No entanto, Santinho deverá continuar no PSDB, partido do vice-prefeito Luis Carlos Nardi e do vereador Gilberto Possamai.

A decisão se deve a dois fatos ocorridos hoje (19) pela manhã. O primeiro é o anúncio à imprensa de Dilceu Rossato de manter Marcos Folador no comando da Secretaria Municipal de Finanças.

Outro motivo é a declaração do prefeito de que não aceita pressão vindo da Câmara, nem que isso custe o apoio de todos os vereadores.

“Fomos eleitos pela população para fiscalizar as ações da administração do prefeito. Portanto, temos todo o direito de apontar a Rossato os erros e as irregularidades que ocorrem na sua gestão”, enfatiza Santinho Salerno.

SORRISO

Dilceu Rossato descarta demissão do secretário de Finanças

O prefeito Dilceu Rossato mandou na manhã de hoje (19)um recado aos vereadores de Sorriso: não demitirá Marcos Folador sem provas concretas que justifiquem as acusações feitas contra o secretário de Finanças.

“Não trabalho sob pressão. Não vou demitir Folador, nem que tenha que perder o apoio de todos os vereadores na Câmara. Não tem problema”, disse.

Rossato explicou que a decisão de não prorrogar o prazo de pagamento do IPTU foi dele, numa tentativa de isentar Folador de qualquer responsabilidade.

Segundo o prefeito, não irregularidades na administração municipal. “Essas críticas não tem fundamento”, justifica.

CRISE NA AGRICULTURA

Produtores de Sorriso e região organizam novo bloqueio da BR 163

Presidentes de sindicatos rurais, lideranças políticas e produtores de Sorriso e municípios da região debateram na noite de ontem (18), no auditório do Sindicato Rural de Sorriso, uma mega manifestação para chamar a atenção do Governo Federal para a crise na agricultura brasileira.

Entre o conjunto de medidas colocadas em discussão, uma sugere o bloqueio da BR-163, na Serra de São Vicente, por tempo indeterminado. Seria impedido apenas o tráfego de veículos que transportam produtos destinados relacionados à agricultura, como grãos, defensivos e máquinas. Também haverá moratória aos bancos, com a suspensão das negociações e do pagamento de dívidas.

Em Sorriso, o bloqueio na BR-163 poderá ser realizado ainda neste sábado (22) na altura da saída da Cargill. Também deverá haver bloqueios em Lucas do Rio Verde, Sinop e Nova Mutum.

Rubens Denardi, presidente do Sindicato Rural de Sorriso, nesta quinta-feira (20), os produtores rurais se reunirão em seus respectivos municípios para apresentação de sugestões ao movimento. Os produtores de Sorriso estão sendo convocados para uma assembléia geral no auditório da Câmara Municipal, às 19h30”, avisa.

Denardi disse que o movimento deverá contar com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). “Com esse apoio, é grande a possibilidade de a classe produtora iniciar as manifestações nesta sexta-feira (21)”.

Os agricultores reivindicam preços mínimos para a soja, arroz e milho, mudanças na política cambial, redução dos juros, asfaltamento da BR-163 até Santarém e redução dos custos do frete, dos combustíveis e agrotóxicos.

Os produtores de Nova Ubiratã também se reunirão amanhã,às 19 horas, na Câmara de Vereadores do município para iniciar a mobilização.

E Sinop, segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Antônio Galvan, a reunião com os produtores rurais será na Câmara de Diretores Lojistas (CDL), a partir das 19 horas desta quinta-feira (20). Também participarão produtores de municípios vizinhos, como Cláudia e União do Sul.

A mobilização deverá ser chamada de Manifesto Grito do Ipiranga, uma lembrança ao Manifesto Carta Aberta que está sendo realizado pelos produtores rurais de Ipiranga do Norte. “Também sugere a independência ou morte da classe produtora”, destaca Galvan.

EDUCAÇÃO

Ipiranga do Norte tem dificuldades para atender alunos de acampamento do MTA

Em reunião realizada na Secretaria de Educação de Ipiranga do Norte, entre representantes do Movimento dos Trabalhadores Assentados (MTA), Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores, Secretaria de Saúde e Secretaria de Educação, ficou acertado o limite de famílias que poderão integrar o movimento. Hoje são mais de 80 famílias no assentamento denominado ‘Menina Bonita’, por estar próxima à fazenda Menina Bonita.

Segundo a secretária de Educação, Inês Manfrin, a escola municipal já não tem vagas para atender os alunos. “O assentamento está recebendo famílias quase todos os dias, e a Secretaria de Educação não tem como dar suporte a todos”, disse.

Com o transporte escolar o município atende 34 alunos do MTA. Ou seja, é necessário um ônibus para atender os estudantes do assentamento. A secretária informou ainda que o colégio já não suporta os alunos devido à falta de salas de aula.

O investimento do município em ônibus para fazer o transporte dos alunos da linha Menina Bonita é equivalente a R$ 7.700 no período de 24 dias, com o custo de R$ 2,34 o litro de combustível, rodando 137 quilômetros diários somando R$ 320,58 de despesas ao dia.

“Os alunos do assentamento também são assegurados de direitos a um kit com caderno, lápis e borracha, pois eles não têm como estudar sem o recurso, além de que os livros e xerox são de responsabilidade da Secretaria de Educação, também pagamos a carteirinha para que eles levem os livros pra casa”, disse Inês Manfrin.

O líder do acampamento, conhecido como ‘Cuiabano’, disse que as reivindicações serão atendidas, já que o movimento é dependente do apoio da prefeitura.

O líder do MTA tratou ainda de questões políticas, como transferências de títulos eleitorais como forma de mostrar que a comunidade tem densidade política eleitoral. “Também é uma maneira de o assentamento pleitear benefícios políticos, econômicos e sociais”, disse Cuiabano

Segundo ele, com essa iniciativa o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) verá que o movimento está criando raízes no município, podendo determinar que as terras sejam preferenciais à Ipiranga do Norte.





Fonte: Clichoje

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