Cientistas japoneses usaram minicâmeras de vídeo, presas nas cabeças e nas costas de 14 pinguins, junto com acelerômetros (aparelhos para medir movimentos), para estudar o comportamento destes animais ao caçar nas águas oceânicas geladas da Antártica.
O estudo, publicado no periódico "Proceedings of the National Academy of Sciences", nesta segunda-feira (21), afirma que monitorar animais selvagens enquanto eles caçam, comem e se movimentam, principalmente em ambientes marinhos, é muito difícil e quase sempre resulta em dados imprecisos.
Por isso, os cientistas do Instituto Nacional de Pesquisa Polar de Tóquio, no Japão, optaram por usar o "kit" de equipamentos nos pinguins. O resultado foi a criação de vídeos de até 85 minutos para cada animal, mostrando como eles caçam peixes e pequenos crustáceos.
A pesquisa ressalta que os pinguins se mostraram caçadores eficientes e ágeis, capturando até dois crustáceos por segundo quando as presas estão em grupo. Em média, as aves pegaram 244 crustáceos em até 89 minutos de caçada, e 33 peixes na mesma quantidade de tempo.
Vinculando os movimentos de cabeça dos pinguins registrados pelos equipamentos com cenas de caçadas bem-sucedidas, os pesquisadores descobriram que as aves procuram crustáceos em diferentes níveis de profundidade, enquanto os peixes são buscados em locais mais rasos no mar.
Outra característica identificada nos pinguins é que o número de crustáceos capturados varia muito conforme o mergulho, mas que o número de peixes obtidos num momento de caça não varia muito, a cada vez que os animais saem para comer.
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