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Mato Grosso gosta de chuchu
Fora o PT que não gosta de ninguém, quase todos os partidos políticos de Mato Grosso estavam representados no evento que marcou a primeira visita de Geraldo Alckmin ao estado, agora já como candidato a presidência.
Antes da sua chegada houve um debate e apresentação de palestras sobre o agronegócio e os agroproblemas para um público de agroprodutores que já estão até a sapituca de agroterapia. O que esperavam mesmo eram as propostas e idéias do candidato para o setor.
A mesa formada por autoridades foi pitoresca e eclética. Acho que diferente do que o prefeito de Cuiabá Wilson Santos disse, não á apenas o carisma (sic) de Alckmin o responsável por isso, mas Lula, o Santo, ôpa, errei, o Satânico (definido no Houaiss como "o chefe dos anjos rebeldes") que desgraçou o setor inteiro, que fez com que forças, antes opostas, se convergissem na tentativa de barrar a intenção de permanência deste governo. Xô, Satânico!
A candidatura de Geraldo Alckmin é um banho de sensatez em um país escandalizado com o despudoramento ético da cúpula do Partido dos Trabalhadores. Aliás, mantida nas últimas eleições internas do partido. Com um discurso oposto ao "estilo bravateiro" do molusco satânico, Alckmin representa o antagonismo ao estilo do atual presidente. Será uma batalha entre o trabalho contra o discurso; de quem realizou quietinho no estado que governou até a poucos dias, contra alguém que discursa em todas as esquinas se auto-glorificando, sem nada ter realizado de relevante. Alckmin é assim, e seus altos índices de popularidade em São Paulo mostram como o tempo fez os paulistanos compreenderem o seu estilo de fazer política. Por mais sem graça que possa ser à primeira vista, chegando a ser comparado a um chuchu, não amarga a boca e com certeza não causará má digestão. Aliás, quando foi necessário, soube apimentar seu estilo.
Geraldo Alckmin não pode ser considerado como um mobilizador de multidões. Mas seu discurso sereno e tranqüilo, somado às qualidades de bom administrador, representam um contraponto e são o temor de Lula, o errante Satânico.
Mas a expectativa dos presentes no encontro ocorrido na Acrimat – Associação dos Criadores de MT - era escutar sua idéia para que o setor consiga enfrentar a crise estabelecida e retome o crescimento que vinha tendo até a entrada desgraçada do PT no governo. Nesse sentido o candidato, apesar de ter tocado em alguns pontos de preocupação, frustrou ou pecou pelo não entusiasmo, mas é o jeito dele. Não entendi como descaso ou falta de compromisso, pelo contrário, Geraldo Alckmin é bem resolvido politicamente, sabe a diferença entre capital, trabalho, esquerda e direita. Sabe o que significa “as elite” (tão pronunciada pelos petistas), tem consciência da herança desgraçada que o multívago Lula deixará, e possui comprovada competência administrativa para resgatar o Brasil deste caminho medíocre traçado pelo PT.
E de mais a mais, Alckmin tem sensatez e capacidade racional suficiente para não persistir com esta política econômica suicida, adorada pelo FMI, que o governo Lula adotou. Falou que irá privilegiar os investimentos que melhorem a competitividade brasileira como forma de alcançar o desenvolvimento com geração de empregos. Nisso ele está certinho. Quem emprega é o setor privado e para aquele público específico, ele falou em transporte e seguro rural, a exemplo do que adotou no estado de SP quando era governador.
Delfin Neto, um conselheiro costumaz do ex-ministro Palocci, disse no passado, que se Lula chegasse ao governo perderíamos quatro anos, mas ficaríamos livres dele por vinte. Delfin subestimou a capacidade destrutiva de Lula e sua trupe. Eles conseguiram fazer, por exemplo, com que a produção rural brasileira regredisse aos parâmetros de quinze anos atrás. Lula é uma espécie de avesso de Juscelino Kubitschek.
Ô gente ordinária!
A única coisa de relevância que o PT construiu no governo, e deixará para a história, foi a formação de uma quadrilha no centro do poder, como bem disse o Procurador Geral da República. Vale relembrar que este PG foi indicado pelo próprio Lula.
A nossa sorte é que além de delinqüentes eles são desastrados, e agora vejo que também são hipócritas. Prova disso é esta altiva fala de uma tal de Rose Alvarenga, integrante do PT de Osasco. Vejam o que ela disse: "Nosso amado partido pode ter roubado, mas foi para o bem dos menos favorecidos. FH pagou mensalão e não ajudou os nordestinos. A desigualdade está acabando e foi por causa do mensalão por que sem ele a gente não podia votar as melhorias do país. O PT não roubou. Pagou para os deputados da direita votarem por melhorias para nosso país. O PT não acabou e está mais forte do que antes.” O que é isto, meu Deus? Defesa do roubo como alternativa administrativa? Precisamos ficar livres deste governo delinqüente com síndrome de Robin Hood tupiniquim.
Ver Alckmin como a antítese de Lula já seria um bom motivo para apoiá-lo, mas ele não precisa ser escolhido apenas como o salvador da pátria. Possui capacidade administrativa e é essa competência comprovada que definirá as eleições presidenciais.
Adriana Vandoni é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ e articulista de A Gazeta.
Blog: www.argumento.bigblogger.com.br
Antes da sua chegada houve um debate e apresentação de palestras sobre o agronegócio e os agroproblemas para um público de agroprodutores que já estão até a sapituca de agroterapia. O que esperavam mesmo eram as propostas e idéias do candidato para o setor.
A mesa formada por autoridades foi pitoresca e eclética. Acho que diferente do que o prefeito de Cuiabá Wilson Santos disse, não á apenas o carisma (sic) de Alckmin o responsável por isso, mas Lula, o Santo, ôpa, errei, o Satânico (definido no Houaiss como "o chefe dos anjos rebeldes") que desgraçou o setor inteiro, que fez com que forças, antes opostas, se convergissem na tentativa de barrar a intenção de permanência deste governo. Xô, Satânico!
A candidatura de Geraldo Alckmin é um banho de sensatez em um país escandalizado com o despudoramento ético da cúpula do Partido dos Trabalhadores. Aliás, mantida nas últimas eleições internas do partido. Com um discurso oposto ao "estilo bravateiro" do molusco satânico, Alckmin representa o antagonismo ao estilo do atual presidente. Será uma batalha entre o trabalho contra o discurso; de quem realizou quietinho no estado que governou até a poucos dias, contra alguém que discursa em todas as esquinas se auto-glorificando, sem nada ter realizado de relevante. Alckmin é assim, e seus altos índices de popularidade em São Paulo mostram como o tempo fez os paulistanos compreenderem o seu estilo de fazer política. Por mais sem graça que possa ser à primeira vista, chegando a ser comparado a um chuchu, não amarga a boca e com certeza não causará má digestão. Aliás, quando foi necessário, soube apimentar seu estilo.
Geraldo Alckmin não pode ser considerado como um mobilizador de multidões. Mas seu discurso sereno e tranqüilo, somado às qualidades de bom administrador, representam um contraponto e são o temor de Lula, o errante Satânico.
Mas a expectativa dos presentes no encontro ocorrido na Acrimat – Associação dos Criadores de MT - era escutar sua idéia para que o setor consiga enfrentar a crise estabelecida e retome o crescimento que vinha tendo até a entrada desgraçada do PT no governo. Nesse sentido o candidato, apesar de ter tocado em alguns pontos de preocupação, frustrou ou pecou pelo não entusiasmo, mas é o jeito dele. Não entendi como descaso ou falta de compromisso, pelo contrário, Geraldo Alckmin é bem resolvido politicamente, sabe a diferença entre capital, trabalho, esquerda e direita. Sabe o que significa “as elite” (tão pronunciada pelos petistas), tem consciência da herança desgraçada que o multívago Lula deixará, e possui comprovada competência administrativa para resgatar o Brasil deste caminho medíocre traçado pelo PT.
E de mais a mais, Alckmin tem sensatez e capacidade racional suficiente para não persistir com esta política econômica suicida, adorada pelo FMI, que o governo Lula adotou. Falou que irá privilegiar os investimentos que melhorem a competitividade brasileira como forma de alcançar o desenvolvimento com geração de empregos. Nisso ele está certinho. Quem emprega é o setor privado e para aquele público específico, ele falou em transporte e seguro rural, a exemplo do que adotou no estado de SP quando era governador.
Delfin Neto, um conselheiro costumaz do ex-ministro Palocci, disse no passado, que se Lula chegasse ao governo perderíamos quatro anos, mas ficaríamos livres dele por vinte. Delfin subestimou a capacidade destrutiva de Lula e sua trupe. Eles conseguiram fazer, por exemplo, com que a produção rural brasileira regredisse aos parâmetros de quinze anos atrás. Lula é uma espécie de avesso de Juscelino Kubitschek.
Ô gente ordinária!
A única coisa de relevância que o PT construiu no governo, e deixará para a história, foi a formação de uma quadrilha no centro do poder, como bem disse o Procurador Geral da República. Vale relembrar que este PG foi indicado pelo próprio Lula.
A nossa sorte é que além de delinqüentes eles são desastrados, e agora vejo que também são hipócritas. Prova disso é esta altiva fala de uma tal de Rose Alvarenga, integrante do PT de Osasco. Vejam o que ela disse: "Nosso amado partido pode ter roubado, mas foi para o bem dos menos favorecidos. FH pagou mensalão e não ajudou os nordestinos. A desigualdade está acabando e foi por causa do mensalão por que sem ele a gente não podia votar as melhorias do país. O PT não roubou. Pagou para os deputados da direita votarem por melhorias para nosso país. O PT não acabou e está mais forte do que antes.” O que é isto, meu Deus? Defesa do roubo como alternativa administrativa? Precisamos ficar livres deste governo delinqüente com síndrome de Robin Hood tupiniquim.
Ver Alckmin como a antítese de Lula já seria um bom motivo para apoiá-lo, mas ele não precisa ser escolhido apenas como o salvador da pátria. Possui capacidade administrativa e é essa competência comprovada que definirá as eleições presidenciais.
Adriana Vandoni é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ e articulista de A Gazeta.
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