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Politica Brasil
Terça - 18 de Abril de 2006 às 07:06

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Fim de um problema, começo de outro. Mal a sorte tratou de resolver a questão envolvendo o Senado Federal – com Pedro Henry abrindo mão da disputa e viabilizando a permanência do PFL na aliança “Mato Grosso Mais Forte” – o governador Blairo Maggi agora terá que tratar da disputa envolvendo o PP do próprio Henry com o PTB de Ricarte de Freitas. É que as duas siglas decidiram disputar a última vaga na chapa majoritária, a de vice. Detalhe: tanto o PP como o PTB estão livres das amarras da verticalização – sistema de alianças válida para as eleições deste ano. Portanto, as negociações independem do cenário político nacional.

A disputa promete capítulos emocionantes e muitos boatos. O PP é aliado de primeira hora do governador Blairo Maggi. O ato de Henry, em abrir mão da disputa ao Senado, fato que pavimentou o caminho para o entendimento com o PFL, tem peso. O próprio político é visto como uma espécie de “amigo fiel” do Governo. O PTB está chegando agora na aliança, menos como reforço, mas, fundamentalmente, como menos uma sigla a ajudar a fortalecer a oposição, especialmente, o PSDB de Dante de Oliveira e Antero de Barros com quem Ricarte de Freitas tem fluentes relações.

Nesta segunda-feira, Maggi garantiu o apoio do PTB de forma integral. Até aqui, apenas uma parte da sigla estava engajada com o projeto da reeleição. Caso de Antônio Kato, secretário-chefe da Casa Civil. Agora, porém, é toda a sigla, “porteira fechada”. Em um almoço português, regado a vinho do Porto, Maggi, o articulador político Luís Antônio Pagot, e a alta cúpula petebista trataram de finalizar os entendimentos. A aliança é fato consumado. Imediatamente, petebistas passam a fazer parte do Governo, com a indicação de nomes para secretarias. “Esse assunto vamos debater posteriormente” – disse Freitas, sobre os cargos.

Nas discussões, o PTB também pontuou o nome do empresário do ramo da educação, Altamiro Belo Galindo, reitor da Universidade de Cuiabá, como provável indicado para ocupar a vaga de vice. "É um bom nome. Mas o vice só será indicado após um amplo debate com todos os partidos que farão parte da aliança" - disse Pagot. No final de semana, em Juara, o deputado José Riva, 1º secretário da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, anunciou que o PP vai disputar a indicação do vice, já que a sigla abriu mão da vaga ao Senado com Pedro Henry. Inclusive, no decorrer da semana, o partido deverá elaborar uma lista de candidatáveis para ser entregue ao governador.

O próprio PPS, no entanto, deseja a vaga. Uma ala considerável do partido defende a tese de que a atual vice-governadora Iraci França continue sendo a companheira de chapa do governador. Razão simples: em time que está ganhando não se mexe. Iraci, segundo os socialistas, desempenhou papel relevante como vice-governadora, em que pese a própria estrutura governamental não ter deixado espaço para que atuasse numa das áreas que ela mais conhece: a ação social, onde tem forte trânsito junto às lideranças comunitárias, especialmente da Capital.

Há mais gente concorrendo à vaga. Um deles é o desembargador José Ferreira Leite, ex-presidente do Tribunal de Justiça. Ferreira Leite ganhou força especialmente depois que a juíza Maria Erotides Kneip de Macedo declinou do convite para, enfim, ingressar na carreira política. Erotides foi apontado há dois anos como um dos nomes mais fortes para suceder Jaime Campos na Prefeitura de Várzea Grande. Por ser membro do Poder Judiciário, o desembargador goza de prazo especial para filiação partidária e desincompatibilização do cargo.

No atual contexto, a vaga de vice é considerada uma das mais estratégicas. Especialmente se Maggi foi reeleito É que o governador não deverá ficar apenas no segundo mandato. Blairo já revelou planos ambiciosos. O mais tímido é o que o coloca como candidato ao Senado Federal em 2010. Nesse caso, ele terá que deixar o cargo muito antes.





Fonte: 24Horas News

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