Mubarak nega insulto a xiitas quando disse que são fiéis ao Irã

O presidente egípcio, Hosni Mubarak, disse hoje que não quis insultar os xiitas quando disse recentemente que os seguidores deste ramo do Islã no Oriente Médio são fiéis ao Irã, mais que a seus próprios países.

Mubarak, em declarações transmitidas hoje pelos meios de comunicação egípcios, disse que com essa declaração tentava advertir sobre "os perigos que ameaçam o Iraque, sua soberania e sua unidade".

Essas afirmações do presidente egípcio, divulgadas há uma semana pela televisão "Al Arabiya", causaram a indignação dos xiitas iraquianos, majoritários no Iraque.

O Governo iraquiano decidiu boicotar uma reunião ministerial da Liga Árabe sobre o Iraque, que aconteceu na quarta-feira, no Cairo, em protesta pela declaração de Mubarak, que disse também que o Iraque está em meio a uma guerra civil.

"O que nos interessa é aliviar o sofrimento dos iraquianos, e não diferenciamos entre sunitas, xiitas ou curdos. Todos são iraquianos e todos são nossos irmãos", disse o governante egípcio.

Sobre as atividades nucleares iranianas, Mubarak disse que seu país apóia uma solução diplomática à disputa do Irã com a comunidade internacional.