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Politica Brasil
Sexta - 14 de Abril de 2006 às 08:11

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O desfecho político-jurídico que se desenha para o escândalo político que atingiu o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiciona um novo fator de risco a ser observado pelos analistas. Sendo Lula o candidato favorito para vencer a corrida presidencial de outubro, torna-se desde já altamente relevante acompanhar a escolha do candidato a vice-presidente na sua chapa.

O motivo para que esse acompanhamento seja feito bem de perto se deve ao fato de que o presidente da República, ainda que seja reeleito, estará por muito tempo sob a ameaça de um processo de impeachment. Quer queiram ou não os políticos, o movimento da sociedade civil nessa direção tende a crescer, e ele não se esgotará na atual inviabilidade congressual.

A ameaça se manterá pelo menos até que o Supremo Tribunal Federal (STF) delibere sobre a aceitação das denúncias que o procurador-geral da República começou a apresentar.

A previsão do ministro Joaquim Barbosa, relator do inquérito do Mensalão, é de que o plenário do STF delibere sobre o assunto somente no início do próximo ano. Um bom exercício de análise prospectiva do cenário político deve, portanto, levar em conta que caso Lula se reeleja há uma probabilidade real de que o vice-presidente complete o seu mandato. É o que a Constituição prevê para o caso de impedimento do titular do mandato.

Lula ainda não decidiu sobre a candidatura à reeleição, o que é visto apenas como uma tática de pré-campanha. As cogitações sobre seu companheiro de chapa estão em aberto. A primeira opção seria reeditar a dobradinha com o atual vice-presidente, José Alencar. A segunda seria decorrente de uma aliança formal com o PSB.





Fonte: Gazeta Digital

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