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Politica Brasil
Quinta - 13 de Abril de 2006 às 08:24
Por: Téo Meneses

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O deputado federal Pedro Henry (PP) desistiu da pré-candidatura a senador. O anúncio foi feito ontem pelo próprio parlamentar, um dia após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por suposto envolvimento no "mensalão".

Acompanhado da bancada de deputados do PP, Henry argumentou que a desistência foi motivada pelo interesse em não prejudicar o governador Blairo Maggi (PPS) na disputa à reeleição. Disse que os adversários poderiam "utilizar" o escândalo do "mensalão" durante a campanha.

Antes de comunicar a imprensa sobre a desistência, Henry e a cúpula pepista se reuniram no fim da tarde com Maggi no gabinete do Palácio Paiaguás. Lá mesmo foi redigida nota pública na qual o parlamentar critica a denúncia da Procuradoria-Geral. Em seguida, por volta das 17h30, eles concederam entrevista na ante-sala do gabinete de Blairo.

"Não posso participar de uma eleição majoritária com meu nome sob suspeição. Não é justo para com o povo de Mato Grosso que sempre confiou em mim. Não é justo para comigo e nem para com os meus companheiros", afirma Henry, em trecho da nota. Ele foi ao gabinete de Maggi acompanhado pelos deputados estaduais Chico Daltro, Eliene Lima, José Riva e Alencar Soares. Entre os pepistas que ocupam mandato eletivo não compareceu apenas o federal Lino Rossi.

Pedro Henry nega que a desistência tenha sido motivada pelas últimas pesquisas encomendadas pelo PP e que mostram desgaste do dirigente por causa da denúncia de envolvimento no "mensalão". Antes da denúncia do MPF, Henry havia sido absolvido pela Câmara dos Deputados e pelo Conselho de Ética no suposto esquema de recebimento de propina por parte de parlamentares governistas.

"Estabeleceu o procurador um paralelo absurdo entre possíveis favorecimentos pessoais e a votação das reformas previdenciária e tributária. Essa acusação foi feita apenas porque eu era líder do PP", completou Henry, ao negar novamente o "mensalão" e admitir, pela primeira vez, a existência do "valerioduto", que seria o esquema coordenado pelo publicitário e lobista Marcos Valério para financiamento de campanhas eleitorais. "Existiu, mas eu nunca peguei nenhum real".





Fonte: A Gazeta

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