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Oposição quer que procurador-geral denuncie Lula
A oposição recebeu em festa a denúncia do procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, de que figuras importantes do PT montaram uma "organização criminosa" para manter seu projeto de poder. Agora, PSDB e PFL esperam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também seja denunciado.
"O PT é uma figura abstrata. Quem é o beneficiário? Indiretamente, o procurador incriminou Lula. O projeto de poder do PT é o Lula, ou o PT tem outro candidato para se manter no poder?", questionou nesta quarta-feira o deputado Rodrigo Maia (RJ), líder do PFL na Câmara e defensor, há tempos, da instauração de processo de "impeachment" contra o presidente da República.
Para petistas, os seguidos ataques da oposição contra Lula se devem ao fato de acreditarem que este é o único modo de enfraquecer o presidente. "A oposição bate, bate, bate e ele não pára de crescer nas pesquisas. Isso deixa a oposição feito vaca louca", afirmou o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP).
Na terça-feira, o procurador Souza, indicado pelo presidente Lula ao cargo, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra 40 pessoas que estariam envolvidas no chamado esquema do mensalão.
Dentre os citados, estão três ex-ministros, dirigentes do PT e de partidos aliados do governo. Eles são acusados de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão ilegal de divisas, corrupção ativa e passiva e peculato.
José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil, que teve seu mandato de deputado federal cassado no ano passado, é apontado como mentor do esquema de repasse de dinheiro a aliados em troca de apoio parlamentar.
Também foram responsabilizados o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ), autor da denúncia, o empresário Marcos Valério de Souza, o publicitário Duda Mendonça e três membros da antiga cúpula do PT - o ex-presidente José Genoino, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-secretário-geral Silvio Pereira. "Foi uma demonstração de que as CPIs agiram com isenção. (...) Na verdade, trata-se de uma organização criminosa para beneficiar quem? Lula e seu governo", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Magalhães Júnior.
Como o Ministério Público ainda pode fazer novas denúncias, a oposição espera que Lula figure formalmente como co-responsável no esquema.
Proteção O governo considerou forte e precipitada a conclusão do procurador, e agora prepara defesas mais contundentes para blindar o presidente dos ataques da oposição. Não há, argumentam, nada que incrimine Lula. "O presidente está fora da denúncia e todo o esforço da oposição é de tentar atingi-lo", rebateu Greenhalgh.
"Como a oposição não tem força política para isso, juristas de ocasião começam a elaborar teses absolutamente inconseqüentes. (...) Não há nenhuma ligação, quer do indivíduo Luiz Inácio Lula da Silva, quer do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com os fatos denunciados. Isso é marola", acrescentou o deputado.
Apesar da disposição de ferir Lula a todo custo, ainda não se encara o "impeachment" como consequência natural nas rodas políticas de Brasília. As defesas dessa manobra são até agora pontuais e dependem, principalmente, do que dirá o Ministério Público no futuro. "A denúncia do procurador-geral da República é forte na adjetivação e é fraca na consistência dos fatos, já que se baseou em depoimentos dados às CPIs e estampados em noticiários de jornal", criticou Greenhalgh. "De qualquer forma, acho que será recebida pelo STF e, as pessoas (denunciadas), processadas."
"O PT é uma figura abstrata. Quem é o beneficiário? Indiretamente, o procurador incriminou Lula. O projeto de poder do PT é o Lula, ou o PT tem outro candidato para se manter no poder?", questionou nesta quarta-feira o deputado Rodrigo Maia (RJ), líder do PFL na Câmara e defensor, há tempos, da instauração de processo de "impeachment" contra o presidente da República.
Para petistas, os seguidos ataques da oposição contra Lula se devem ao fato de acreditarem que este é o único modo de enfraquecer o presidente. "A oposição bate, bate, bate e ele não pára de crescer nas pesquisas. Isso deixa a oposição feito vaca louca", afirmou o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP).
Na terça-feira, o procurador Souza, indicado pelo presidente Lula ao cargo, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra 40 pessoas que estariam envolvidas no chamado esquema do mensalão.
Dentre os citados, estão três ex-ministros, dirigentes do PT e de partidos aliados do governo. Eles são acusados de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão ilegal de divisas, corrupção ativa e passiva e peculato.
José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil, que teve seu mandato de deputado federal cassado no ano passado, é apontado como mentor do esquema de repasse de dinheiro a aliados em troca de apoio parlamentar.
Também foram responsabilizados o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ), autor da denúncia, o empresário Marcos Valério de Souza, o publicitário Duda Mendonça e três membros da antiga cúpula do PT - o ex-presidente José Genoino, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-secretário-geral Silvio Pereira. "Foi uma demonstração de que as CPIs agiram com isenção. (...) Na verdade, trata-se de uma organização criminosa para beneficiar quem? Lula e seu governo", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Magalhães Júnior.
Como o Ministério Público ainda pode fazer novas denúncias, a oposição espera que Lula figure formalmente como co-responsável no esquema.
Proteção O governo considerou forte e precipitada a conclusão do procurador, e agora prepara defesas mais contundentes para blindar o presidente dos ataques da oposição. Não há, argumentam, nada que incrimine Lula. "O presidente está fora da denúncia e todo o esforço da oposição é de tentar atingi-lo", rebateu Greenhalgh.
"Como a oposição não tem força política para isso, juristas de ocasião começam a elaborar teses absolutamente inconseqüentes. (...) Não há nenhuma ligação, quer do indivíduo Luiz Inácio Lula da Silva, quer do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com os fatos denunciados. Isso é marola", acrescentou o deputado.
Apesar da disposição de ferir Lula a todo custo, ainda não se encara o "impeachment" como consequência natural nas rodas políticas de Brasília. As defesas dessa manobra são até agora pontuais e dependem, principalmente, do que dirá o Ministério Público no futuro. "A denúncia do procurador-geral da República é forte na adjetivação e é fraca na consistência dos fatos, já que se baseou em depoimentos dados às CPIs e estampados em noticiários de jornal", criticou Greenhalgh. "De qualquer forma, acho que será recebida pelo STF e, as pessoas (denunciadas), processadas."
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/306475/visualizar/
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