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Politica Brasil
Segunda - 10 de Abril de 2006 às 08:00
Por: Téo Meneses

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O presidente estadual do PT, Alexandre Cesar, tenta negociar o pagamento com os credores que não recorreram à Justiça na tentativa de receber os honorários da campanha a prefeito de Cuiabá. A Gazeta descobriu também que o candidato derrotado deixa de lado os que acionaram o partido judicialmente para receber as dívidas.

Indiciado pela Polícia Federal em inquérito que investigou caixa 2 na campanha de 2004, Alexandre tem mantido contato frequente com empresários como Leonir Rodrigues da Silva Júnior. Proprietário das empresas Maior Comércio e Serviços Gráficos LTDA e Gráfica Atalaia, ele diz ter que o PT lhe deve R$ 1,7 milhão.

Leonir diz que não recorreu à Justiça porque Alexandre deu a garantia de quitar o débito. Segundo ele, os contatos têm sido feitos até neste mês. Na prestação de contas apresentada pelo então candidato a prefeito, o petista admitiu oficialmente dívidas de apenas R$ 499 mil com as duas empresas.

"Estamos conversando e ele me disse que vai pagar a qualquer momento. Estou aguardando porque o meu contato é direto com o Alexandre", afirmou Leonir, que foi um dos responsáveis pela confecção da material gráfico da campanha "Amo Cuiabá".

Em depoimento à PF, Leonir confirmou que ainda tem a receber R$ 1,7 milhão. Documento assinado pelo ex-tesoureiro do diretório estadual do PT, Vicente Monge, também registra débito de R$ 816,5 mil com a Gráfica Atalaia. A uma parceria das empresas Personnalité e Maior Comércio, o partido deveria pagar R$ 1,1 milhão.

Além de Leonir, Alexandre também tem mantido contato com outros empresários. A maioria não aparece na prestação de contas que o partido apresentou ao TRE. Somando os valores cobrados pelos credores, detecta-se um montante de mais de R$ 3,8 milhões. Apenas R$ 964 mil, no entanto, foram admitidos junto ao Tribunal Eleitoral.

A maioria das dívidas foi documentada e assinada pelo ex-presidente do PT. Ele garante, no entanto, que os serviços se referem às campanhas do diretório estadual. Os empresários negam, o que configuraria contabilidade paralela. O TRE, porém, já aprovou as contas de Alexandre referentes a 2004.





Fonte: da redacao

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