Antero: Quebra de sigilo de caseiro foi ato pior do que a ditadura militar

A quebra do sigilo bancário caseiro Francenildo dos Santos é o maior crime praticado pelo Estado desde o golpe militar de 1964. A afirmação foi feita pelo senador Antero Paes de Barros, PSDB, ao comentar a decisão de se quebrar o sigilo bancário do caseiro e a conseqüente queda do ex-ministro Antônio Palloci do centro do poder econômico de Brasília. Antero também não poupou crítica a Polícia Federal que por três horas esteve na casa do ministro ouvindo seu depoimento. Sobrou farpas para o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

Bem ao seu estilo, Antero de Barros que nem a ditadura, com toda a sua opulência teve a coragem demonstrado pelo PT em cometer um crime, que considera, tão bárbaro para a história do país. Dizendo que Palloci era o Arafat exilado no palácio de Lula, Antero afirma ter absoluta certeza que a ordem para a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo partiu do próprio governo. “Ninguém faria isso apenas para agradar o chefe. Se esta ação aconteceu foi por ordem superior”, disparou, ressaltando não acreditar na inocência de Lula. “Duvido que ele não soubesse do que estava acontecendo. Será que durante todo este tempo ele não teve a capacidade de perguntar ao Palloci o que estava acontecendo?”, perguntou.

Para Antero Paes de Barros, o ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos tem se ser ouvido no Senado para esclarecer a participação no episódio da quebra do sigilo bancário. O senador mato-grossense entende que o ministro tem por obrigação esclarecer todos os acontecimentos.

Paes de Barros disse também que o ministro da Justiça precisa explicar as razões que levaram a Polícia Federal a ir até a casa do ministro Palloci para ouvi-lo em depoimento por três horas. Segundo o senador este tipo de privilégio é inconcebível. “O Palloci hoje é um cidadão comum e como tal deveria ter ido prestar esclarecimentos sobre todo este crime contra a história do Brasil”, concluiu.