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Polícia Brasil
Sábado - 08 de Abril de 2006 às 13:25

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A Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derfva) desarticulou um esquema de compra e venda de cargas roubadas na manhã de ontem. Dois empresários, Russel de Souza, 55, e Nilton Antônio Alves, 61, donos da empresa Betamax, foram presos em flagrante e indiciados por crime de receptação e formação de quadrilha. A empresa tem sede na avenida Arquimedes Pereira Lima (estrada do Moinho). No depósito os investigadores encontraram dezenas de caixas de atum, de creme para cabelo, vidros de leite de coco, além de caixas lacradas com calças jeans e dezenas de pneus. Os produtos não são do ramo em que a empresa atua, de produtos de limpeza.

Conforme a polícia, o roubo da carga aconteceu no dia 30 de março, quando uma carreta foi atacada e o motorista mantido em cativeiro até que o negócio fosse efetuado.

A delegada Vera Rotildes, da Derfva, explicou que os sócios-proprietários da Betamax, presos, confessaram que adquiriram uma carga avaliada em mais de R$ 90 mil por apenas R$ 12 mil. Disseram que essa era a primeira vez que se envolviam no esquema e que já tinham revendido parte dos produtos - 140 pneus - para estabelecimentos comerciais do bairro Tijucal. De posse dessas informações, duas equipes, chefiadas pelo delegado Valfrido Menezes, fizeram o indiciamento de mais dois empresários. Ambos, explicou Vera Rotildes, vão responder também por crime de receptação. São eles Gilmar Santos e Valdemir Pastros. Eles negaram ter conhecimento de que a carga era roubada, mas não apresentaram as notas fiscais dos produtos. "Declararam que estavam comercializando o produto com um lucro de R$ 10, mas não tinham nota de nenhum deles".

Rotildes explicou que o roubo foi efetuado por uma quadrilha de Campo Verde (130 km de Cuiabá). Três bandidos atacaram uma carreta que vinha de São Paulo, às margens de Jaciara na BR-364, e tomaram a carreta. O veículo foi abandonado no dia seguinte no pátio de um posto na rodovia Mário Andreazza, em Várzea Grande.

O envolvimento de empresários é comum, avalia a delegada. "São eles que fomentam essa prática. Compram abaixo do preço de mercado, vendem mais barato, e sonegam impostos".




Fonte: Gazeta Digital

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