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Cultura
Sábado - 08 de Abril de 2006 às 10:42

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As dependências do antigo Sobrado do Alferes “Joaquim Moura”, no coração do Centro Histórico de Cuiabá, guardam um acervo de imagem e som de valor inestimável para a cultura regional. São aproximadamente 8 mil fotos do fotógrafo Eurípedes Andreato - retratando o cotidiano, fatos, monumentos e personalidades da Cuiabá do passado. Além disso, o acerco conta ainda com uma outra infinidade de discos em vinil, imagens em fitas de vídeo, áudio em fitas-cassete, dentre outras preciosidades, um registro para ver, ouvir e conhecer a Cuiabá e outrora. Um presente para Cuiabá, que completa neste sábado (8), 287 anos de fundação.

Esse clima nostálgico que inspira um sentimento de amor e devoção a Cuiabá foi a atmosfera que norteou a instalação do Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (MISC) que homenageia o fotógrafo Lázaro Papazian, o “Chau”. A solenidade aconteceu nesta sexta-feira (7) à noite em frente ao espaço cultural, localizada na Rua Voluntários da Pátria esquina com a Rua Sete de Setembro, bem frente à Igreja Senhor dos Passos. A instalação do MISC contou com a participação do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, e do governador do Estado, Blairo Maggi.

O evento integra a programação de aniversário da Capital mato-grossense, organizada pela Prefeitura de Cuiabá. Entre as autoridades presentes estavam ainda o secretário municipal de Cultura, Mário Olímpio Medeiros; o secretário de Estado de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira; e o ex-prefeito de Cuiabá, Roberto França. A sede própria do MISC foi inaugurada na gestão de França. Historiadores, professores, artistas, autoridades públicas e parentes do homenageado também prestigiaram a instalação do MISC. A obra é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Cuiabá e o Governo do Estado, que investiu R$ 250 mil na recuperação do prédio.

Oficialmente, o museu foi criado pelo Decreto n° 2.477 de 5 de janeiro de 1991, mas somente no final de 2004 passou a ter sede própria depois de funcionar em vários locais. Só agora, o museu passa a ter um espaço próprio, com melhor infra-estrutura para armazenar som e imagens e também para receber visitantes. O prefeito Wilson Santos e o governador Blairo Maggi, acompanhado de autoridades e convidados, percorreram as instalações do sobrado e puderam ver e ouvir uma pequena parte do acervo do MISC. Em seguida, fora do prédio, puderam assistir a um vídeo institucional sobre o museu produzido pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC).

“Todo povo tem sua memória. Cuiabá precisa respeitar a sua memória para que nós possamos refletir sobre os erros do passado, não errarmos no presente, para projetarmos um futuro com solidez. Trezentos anos não é qualquer cidade, qualquer população que tem. Cuiabá tem cultura singular, própria. Nós devemos nos orgulhar dela. A história do Estado passou por Cuiabá e Cuiabá faz parte dela. Poucas capitais possuem um Museu da Imagem e do Som que Cuiabá hoje inaugura. Então, é um ganho para os historiadores, professores e acadêmicos e principalmente para a história belíssima e quase tricentenária de Cuiabá e de Mato Grosso”, avaliou Wilson Santos.

O governador Blairo Maggi ressaltou a importância daquele espaço para a preservação e conservação de peças que guardam registros da cultura e história regionais. “Primeiro é o prédio em si, uma edificação bastante antiga, mas o mais importante é o que está sendo colocado dentro dele com a instalação do MISC da cidade de Cuiabá, onde temos um acervo de imagem da Cuiabá de antigamente, das personalidades e dos políticos que passaram por aqui. Cultura é assim, preservar memória: guardar aquilo que está preservado e continua preservando pro futuro porque daqui a 50 anos, daqui a 100 anos, com certeza, serão nossas imagens que estarão nas paredes do MISC de Cuiabá”, expressou Maggi.

Representando o segmento artístico, o cantor Gilmar Fonseca, da Associação do Rasqueado Mato-grossense, enalteceu a iniciativa e parabenizou a parceria entre os dois organismos governamentais pelo trabalho. “É mais um segmento na área cultural que vem somar. Segmento cultural não é só música, só dança. É gastronomia, é multimídia. Quanto mais casas forem criadas com a finalidade de preservar e conservar nossa cultura, mas chances de termos no futuro de apresentar o passado às pessoas do presente”, afirmou o dirigente.





Fonte: 24HorasNews

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